quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Protagonistas de um novo tempo


          
    Por Sidney Anversa Victor - Presidente da Abigraf Regional São Paulo (Associação Brasileira da Indústria Gráfica-SP)

O estudo “Mercado mundial de impressão: identificando oportunidades para a indústria gráfica”, realizado em 2013 pela Unidade de Inteligência da revista inglesa The Economist, a pedido da associação norte-americana NPES - The Association for Suppliers of Printing, Publishing and Converting Technologies, previa que, em 2017, o faturamento mundial do setor seria de US$ 668 bilhões.

Para o Brasil, o relatório estimava um resultado de US$ 20 bilhões. Como em nosso país até o passado éimprevisível, instituições de peso como The Economist arriscam seu prestígio ao fazer projeções sobre nossa economia... Por enquanto, estamos distantes da previsão, pois o faturamento do mercado impressor brasileiro vem caindo, situando-se em torno de US$ 14 bilhões. Será que conseguiremos agregar mais US$ 6 bilhões a esse valor no próximo ano? Pouco provável, pois teríamos de crescer 42,9%. Nem o mais otimista dos chineses ousaria acreditar em algo assim...

Contudo, temos imenso potencial para reverter as quedas e retomar índices consistentes de expansão. Prova disso encontra-se no 26º Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, cuja cerimônia de entrega, dia 22 de novembro, em São Paulo, é a maior festa do setor no mundo. O concurso mostra o elevado padrão de qualidade dos impressos brasileiros, que pode ser observado nos jornais, revistas, embalagens, livros, peças comerciais, publicidade e em tantos outros produtos gráficos. Considerando que a satisfação dos clientes é o principal quesito para o êxito do negócios, temos uma base forte para vencer a crise econômica, no contexto do novo ambiente político nacional.

É preciso ter confiança em nosso produto, empresas e capacidade de — superada a tempestade que se abateu em nossa economia em decorrência de quase 16 anos de desmandos dos governos do PT — enfrentar a concorrência com as mídias eletrônicas e as exigências crescentes do mercado interno e externo. Nesse sentido, é pertinente olhar com atençãopara o estudo realizado por The Economist, que aponta um futuro promissor para o setor gráfico.

Se sobreviveram no redemoinho de uma das mais graves crises do Brasil, as gráficas têm tudo para avançar no novo cenário político brasileiro.

Como evidencia o Prêmio Fernando Pini, temos agregado ganhos de produtividade e custos, soluções criativas einteligentes para os clientes e uma inabalável resistência às adversidades. Se sobrevivemos no redemoinho de uma das piores crises de nossa história, temos tudo para avançar a partir da nova realidade nacional.

Para isso, precisamos continuar fazendo o que mais sabemos — imprimir! — com crescente qualidade. Como cidadãos e empresários, é nosso dever cobrar ao governo, como têm feito nossas entidades de classe, que remova os conhecidos obstáculos aos setores produtivos e realize as reformas trabalhista, previdenciária e tributária.

No ambiente político que emergiu do impeachment presidencial, o Brasil tem mais uma oportunidade histórica de solucionar seus antigos problemas e ingressar num ciclo contínuo de desenvolvimento. A excelência dos impressos brasileiros demonstra que os gráficos incluem-se entre os setores protagonistas desse novo tempo.




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