segunda-feira, 28 de maio de 2012

Indústria gráfica cresceu 0,4% no primeiro trimestre

Embora de modo tímido, o nível de atividade da indústria gráfica brasileira cresceu 0,4% no primeiro semestre de 2012, em relação a igual período do ano passado. Em março, houve queda,mas os dados sinalizam uma leve tendência de retomada

“Com o avanço de 0,4%, a produção de nosso setor ficou acima da média da indústria de transformação, que caiu 3% em relação ao primeiro trimestre de 2011”, salienta Fabio Arruda Mortara, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional), que baseia seus índices nos dados do IBGE.

Todos os números já têm o devido ajuste sazonal. O líder setorial explica que “o resultado das gráficas decorre do impacto positivo dos segmentos de embalagens impressas (2,4%) e editorial (3,2%) e do efeito negativo gerado pelo grupo de impressos comerciais, que caiu 20,1% no trimestre”.

Na análise dos dados acumulados nos doze meses contados de abril de 2011 a março de 2012, frente ao mesmo período imediatamente anterior, nota-se resultado positivo de 1,29% na atividade da indústria gráfica brasileira.

“Nessa análise mais alongada, nota-se que o crescimento verificado nos grupos de embalagem (2,05%) e editorial (5,6%) foi parcialmente neutralizado pela queda de 6,43% dos impressos comerciais”, observa Mortara. Para ele, tal queda pode ser explicada pela lenta recuperação das economias dos Estados Unidos e da Europa. “Esse fato pode estar reduzindo a disponibilidade de verbas de marketing de empresas multinacionais, importantes compradores desses produtos gráficos”.

Tendência de retomada 

Em março, na comparação com o mesmo mês de 2011, a indústria gráfica apresentou recuo de 5,2% em sua produção. “No entanto, há incremento de 9% em relação a fevereiro de 2012, refletindo a retomada do ritmo dos negócios que se sucede ao período do carnaval”, enfatiza Mortara. 

O presidente da Abigraf Nacional explica que o recuo de 5,2% na produção em março de 2012 em relação ao mesmo mês de 2011 deveu-se à queda  acentuada  dos  impressos  gráficos editoriais   (-10,7%) e da forte retração na produção de impressos comerciais   (-26,6%).

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