Neste segundo semestre, os
empresários gráficos brasileiros estão dando um exemplo de resiliência e visão
de futuro. Prova disso são as premiações regionais de excelência gráfica, que
se multiplicam pelo País e canalizarão o melhor do setor para certames como o
prestigiado (e sempre aguardado) Prêmio de Excelência Gráfica Fernando Pini,
promovido pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), com
coordenação da Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG), que chegará
à 25ª edição em novembro deste ano. De que modo as premiações se ligam ao
momento vivido pela indústria e às qualidades do empresário gráfico nacional?
Inegavelmente, estamos
imersos em uma combinação perversa de crises política, econômica e social. Não
dá para ignorá-las, mas, menos ainda, podemos sucumbir antes as dificuldades.
Crises chegam ao fim, porém, o mercado continua e será muito mais benevolente
com quem se posicionar, desde já, para as oportunidades e os desafios que o
futuro irá trazer.
Aproveitar as vitrines
oferecidas pelas premiações setoriais é uma dessas atitudes inspiradas, que
reforçam a excelência do nosso produto perante o cliente, ajudam a ampliar a
percepção das múltiplas possibilidades da indústria gráfica e dão visibilidade
aos avanços obtidos ao longo de toda a cadeia (de máquinas e insumos ao papel e
avanços à sustentabilidade dos produtos). Também reforçam a credibilidade do
setor, tornando-o, aos olhos do cliente, uma alternativa desejável, capaz de
fazer frente, em condições de igualdade, à concorrência internacional que deve
se acirrar em um futuro próximo, quando o Brasil retomar o crescimento.
Nesse sentido, o Espírito
Santo merece os aplausos do setor. Com 376 indústrias, responsáveis por cerca
de 2,5 mil empregos, exportações da ordem de US$ 2,5 milhões e produção
estimada, em 2014, de R$ 108,3 milhões, a indústria gráfica capixaba já está
com a festa marcada para seu 7º Prêmio Padre José de Anchieta, promovido
conjuntamente pela Regional Espírito Santo da Abigraf e pelo Sindicato das
Indústrias Gráficas do Estado do Espírito Santo (Siges), com coordenação da
ABTG.
Realismo, muito trabalho,
coesão dentro da cadeia produtiva e compreensão de que o ambiente associativo é
o impulsionador de iniciativas benéficas ao conjunto do setor são nosso melhor
passaporte para que o empresário gráfico protagonize, desde agora, um novo e
bem-sucedido capítulo na história gráfica.
*Presidente
nacional da Associação Brasileira da Indústria Gráfica
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