terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Suzano Papel e Celulose leva empreendedorismo social às quebradeiras de coco babaçu

Desde os 12 anos de idade, Zuleide Pereira de Sousa trabalha quebrando coco babaçu para extrair e comercializar seu azeite, garantindo a subsistência própria e de sua família.  Assim como ela, muitas outras mulheres integram grupos formais e informais que tem o coco como fonte de alimento e auxílio na renda familiar nos povoados de Petrolina, Altamira, São Félix, Coquelândia, Olho D’Água dos Martins, Açaizal, São José da Matança e nas Reservas Extrativistas de Ciriaco e Mata Grande, no Maranhão.

Localizadas na região da Estrada do Arroz, nos municípios de Imperatriz, Cidelândia e Senador La Roque, estas comunidades passaram a integrar o entorno da nova unidade de produção de celulose para exportação da Suzano Papel e Celulose, inaugurada há um ano. Com sua atuação, estratégias e modelo de gestão norteados para a sustentabilidade, ao longo de sua trajetória a Suzano sempre trabalhou para contribuir com o desenvolvimento das comunidades em suas áreas da influência e identificou que estas trabalhadoras precisariam acessar as áreas da empresa para coletar matéria-prima.

O relacionamento com as quebradeiras deu origem a mais um Conselho de Desenvolvimento Comunitário, estimulado pela empresa. Considerando a relação entre estes grupos e suas áreas, a Suzano elaborou um diagnóstico local, realizou oficinas com a presença de representantes de todos os grupos, envolveu a promotoria pública, secretaria do meio ambiente e outras organizações em reuniões que permitissem identificar as necessidades, potencialidades, oportunidades de parceria e demais alternativas.

“Colocado em prática já na Bahia e no Maranhão, os Conselhos Comunitários da Suzano abordam um modelo participativo de relacionamento com as comunidades onde atuamos e têm como principal objetivo transformar a realidade socioeconômica dessas comunidades, criando nelas uma cultura empreendedora. Para tanto, a empresa organiza espaços de discussão e diálogo que permitam criar projetos que estejam diretamente relacionados à cultura local, de modo que se leve o desenvolvimento sem exigir que estas comunidades abram mão de suas tradições e costumes”, explica Carlos Alberto Griner, diretor de Recursos Humanos da Suzano.

Enquanto no Extremo Sul da Bahia a Suzano atua para o desenvolvimento e implementação de um plano diretor regional, no Maranhão, com as quebradeiras de coco, o objetivo é fortalecer a cadeia produtiva do babaçu, tendo como ferramentas a organização social em grupos, criando estratégias, planos de desenvolvimento, canais de divulgação de disseminação das atividades das quebradeiras e da região como um todo.

O resultado de mais de oito reuniões e duas oficinas foi um investimento de R$ 80 mil feito pela empresa que, conforme decisão do grupo, serão aplicados na aquisição de uma máquina secadora de amêndoas para a Resex Ciriaco; um terreno para os grupos de quebradeiras de Olho D’Água dos Martins, Coquelândia e São Félix; uma máquina forrageira – um tipo de moedeira – para os grupos de São José da Matança, Petrolina e Coquelândia, material de construção para a Resex Mata Grande, machados e material de uso diário para o grupo de Petrolina; três balanças de 300 quilos; uma balança digital de 10 quilos e a elaboração de um projeto arquitetônico para pequenas unidades de beneficiamento.

Para Zuleide, a mudança de perspectiva é grande. “Já estamos pensando em comprar um terreno, fazer uma casinha e botar logo a forrageira para funcionar”, comemora.



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