quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Pesquisa aborda como a crise europeia influencia o mercado de trabalho brasileiro

Acaba de ser divulgada uma pesquisa feita em maio de 2012 pela APPM – Análise, Pesquisa e Planejamento de Mercado sobre “A crise europeia e os empregos em São Paulo”. O estudo foi feito entre os dias 07 e 08 de setembro, no Estado de São Paulo, com 1.000 entrevistados entre homens e mulheres, todos com mais de 16 anos de idade, moradores de diversas regiões, pertencentes a diversas classes sociais e com formação escolar variada.
A grande maioria dos paulistas tem conhecimento sobre a crise - os homens possuem mais conhecimento que as mulheres (86 a 75%), assim como os mais velhos e com mais escolaridade. Um dos fatores que justificam esta diferença é mais acesso e interesse sobre questões econômicas. Por região, a Capital e o Interior do Estado se equilibram, destacando a Periferia como região com menos conhecimento sobre o assunto. No total de entrevistados, 80% sabem sobre a crise e 18%, não.
Quanto à possibilidade de a crise abalar o Brasil, 65% dos paulistas estão receosos, sendo que 34% acredita que a crise vai afetar muito o Brasil e 31% acredita que vai afetar pouco.  Os otimistas, que acreditam que a crise não vai chegar aqui, somam 28% dos paulistas - os homens são mais otimistas que as mulheres (32 ante 25%).
Como em alguns países como Espanha, Portugal e França a taxa de desemprego entre os mais jovens está em níveis bastante altos, a pesquisa perguntou aos entrevistados se eles concordavam com algumas afirmações. Para 66%, por exemplo, o Brasil é “o País da vez”, por isso muitos jovens europeus tentarão trabalhar aqui, o que pode ameaçar o emprego do brasileiro. A maioria dos paulistas entende que a formação acadêmica dos europeus é fator de desequilíbrio na concorrência por emprego no Brasil – 57% dos entrevistados acham que, por terem melhor formação acadêmica, as empresas brasileiras vão preferir contratar os jovens europeus, contratando os brasileiros para cargos menos qualificados e com salários menores. No caso de um europeu e um brasileiro ocuparem exatamente o mesmo cargo, 47% dos entrevistados acreditam que um vai ganhar mais que o outro e 47% acham que não.
Os paulistas acreditam no mérito, por isso, para a maioria, a formação do jovem é o maior fator positivo para se garantir no mercado de trabalho e enfrentar a concorrência por emprego. Os paulistas também entendem que, no mundo globalizado, a concorrência com jovens de outros países é natural.

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