Por Fábio Sabbag - editor da GRAPHPRINT
Em pleno andamento, com
corredores lotados que “falam” diferentes línguas do mundo, vai se desenrolando
a Drupa 2016. Talvez possamos ter um público menor do que o registrado em
edições passadas - os números do evento ainda não estão fechados -, mas há uma
evidente atmosfera de inovação reinando na cidade de Düsseldorf, na Alemanha.
Como não há julgamento sem
lei muito menos impressão sem tecnologia, acaba sendo possível enxergar a Drupa
como uma ferramenta útil e concreta para rediscutir “nosso” negócio que tem o
astro impressão na linha de frente.
Montada sobre diversos
pavilhões, a Drupa 2016 entrega, a cada passo, um novo oxigênio com forte
ventilação para a impressão digital. Com atenção, olhamos para a participação
mais evidente da impressão digital no segmento de embalagens por exemplo. Pode,
vale ressaltar, não ser uma realidade absoluta, mas o desejo acaba conquistando
paulatinamente a vontade de atuar.
Com mais foco ainda,
observamos o relacionamento mais próximo entre fabricantes de softwares e
hardwares digitais e as empresas consideradas “convencionais” que já
pavimentaram sua estrutura - e cultura – no mercado de offset. Palpável e forte, na feira, presenciamos como o segmento de offset casou, em harmonia, com a impressão
digital.
Começa agora a união que pode usar e abusar dos modernos cabeçotes de
impressão em sinergia com a velocidade já conquistada pelo mundo offset.
Salta ainda nos estandes a
preocupação de mostrar empresas plurais, com softwares e hardwares integrados e
automatizados. Tiragem acaba sendo, em diversos momentos, ponto passado, cozido
e frito. Pode penar daqui em diante as empresas que têm capacidade para atender
de tantos para cima ou outros tantos para baixo. A época das definições,
simples e pontuais, caiu em desuso. Quanto mais indefinida, no sentido
produtivo, a sua empresa for, maior onipresença vai conquistar.
Vejo assim a proposta da
Drupa 2016: não temos novidades que podem, por exemplo, mudar sua vida jurídica
rapidamente. Temos sim, um conjunto de ferramentas composto por solução e
criatividade que pode ser expandido para entrar definitivamente na sala mais
fechada do seu cliente. E, com isso, abrir as portas mais obscuras da
matemática da impressão.
Note, no entanto, que o
processo mercadológico, para a empresa que vende impressão, tende a ficar cada
vez mais desafiador. Os caminhos que estão sendo apresentados na Drupa indicam
esforço conjunto na forma de agir e pensar. O que existe sempre pode ser
melhorado de forma pragmática para vislumbrar novos nichos dentro do setor
gráfico.
Neste sentido, as
tradicionais companhias buscam parcerias desde o workflow até o acabamento.
Vivem no constante desafio de produzir fundamentadas na automação das
operações. Mas, porém, contudo, todavia, sabemos que para estruturar a teoria e
a prática há um extenso trajeto que exige grandes investimentos. Chegamos,
então, a revolução conhecida como “Indústria 4.0”.
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