terça-feira, 18 de setembro de 2012

Heidelberg Brasil: Um bloco independente e com sede nova


Após reestruturação global, Heidelberg apresenta Brasil e China como novas regiões comerciais
Fábio Sabbag
O redirecionamento das estratégias de vendas e marketing da companhia divide o globo em seis blocos comerciais e o Brasil, que até setembro de 2012 centralizava as atividades da América do Sul, passa a ser um bloco independente a partir do mês de outubro.
Paralelo à boa notícia surge outra novidade não menos animadora. A empresa está organizada numa nova sede chamada de Centro Integrado de Operações Heidelberg. O prédio/matriz, localizado no Polo Empresarial Tamboré, no município de Santana de Parnaíba –SP-, com 5.250 m2, unificada as operações da empresa. “Nossa comunicação fluirá melhor atendendo ainda mais as necessidades dos clientes. Em São Paulo, para uma empresa do nosso porte, o custo é muito alto e há ainda a questão da logística que, por meio da nova sede, será privilegiada. No novo prédio temos a estrutura completa da empresa, do marketing ao departamento de recursos humanos, do escritório de venda ao de serviços passando pelo setor de máquinas usadas também”, conta Dieter Brandt, presidente da Heidelberg Brasil.         
As notícias abrem novos caminhos para a fabricante alemã. De acordo com Brandt, o momento atual é útil para focar ainda mais no mercado brasileiro. “Este ano foi diferente, pois tivemos um primeiro semestre excelente que encerrado ainda melhor devido à Drupa. Após, tivemos uma queda por causa das tensões vividas pelo governo, mas já sentimos a retomada e os negócios estão melhorando. Há muitos projetos pela frente. Na área de consumíveis o crescimento é significativo, por exemplo”, evidencia.
Mesmo assim, Brandt sabe que o mesmo que caminho que é cercado por flores também pode apresentar alguns espinhos. “Devido ao custo do Brasil fica complicado competir com outros países. Por isso, precisamos trabalhar forte e automatizar as produções. Veja, por exemplo, o caso dos livros didáticos que o governo resolveu produzir na China. Nossas gráficas também têm de mostrar que os preços são competitivos. Na Europa, softwares e hardwares são explorados constantemente em busca de automação, redução de desperdícios, produção elevada entre outra vantagens. São ações que precisam ser adotadas no mercado brasileiro”, observa Brandt.
 O executivo da Heidelberg cita ainda problemas em relação à preparação de profissionais no mercado brasileiro. “Em São Paulo há o SENAI, mas saindo da cidade já fica complicado conseguir mão de obra especializada. Os equipamentos atuais priorizam a qualidade e a produtividade, mas o profissional tem de estar muito bem preparado para conduzi-lo”, detecta.   
Enfim, a responsabilidade é grande tanto por parte da Heidelberg Brasil que terá de - não apenas manter - como aumentar a representatividade do Brasil perante a matriz que hoje corresponde a 5% das vendas globais. O novo CEO da Heidelberg, Gerold Linzbach, executivo com larga experiência na área de finanças, esteve ao vivo por aqui. E, vale frisar, que foi o primeiro País a ser visitado. 
        

 

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