Estudo da Pöyry mostra que uma indústria com capacidade produtiva de 1,5 milhão de toneladas/ano pode gerar até 270 MW
O Grupo Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, realizou um estudo que mostra que o setor de celulose e papel pode gerar mais que o dobro da energia que consome. Considerando uma fábrica com capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose branqueada por ano, é possível gerar até 270 MW de energia. Desse total, estima-se que menos da metade, 108 MW, são utilizados pela própria indústria.
Diante disso, a Pöyry propôs ao conselho setorial de papel e celulose do programa Brasil Maior, do qual faz parte, que o limite para venda subsidiada de energia à rede, hoje de 30 MW, seja aumentado. “Isso permitirá a geração de mais energia renovável nas fábricas de celulose, aproveitando a economia de escala e o uso de maior quantidade de biocombustível”, explica o vice-presidente da companhia, Carlos Farinha e Silva.
A variação da quantidade de energia cogerada se dá em função da biomassa empregada. Além da geração de vapor na caldeira de recuperação, queimando o licor proveniente do cozimento da madeira, se forem aproveitados os resíduos decorrentes do sistema de transporte, picagem e peneiramento da madeira, o montante de geração será da ordem de 1.100 toneladas/hora de vapor de alta pressão para alimentação dos turbogeradores. No caso do descascamento da madeira para processo ser realizado na própria fábrica, haverá uma biomassa adicional que resultaria em mais 130 toneladas/hora de vapor.
“Outro cenário nunca considerado é a utilização de galhos e pontas que permanecem na floresta após o corte das árvores. Caso essa biomassa também fosse utilizada como combustível, geraria um adicional de vapor da ordem de 90 toneladas/hora”, conclui o executivo da Pöyry.
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