A Suzano Papel e Celulose divulgou
os resultados referentes ao quarto trimestre de 2016 e ao acumulado anual, com
uma geração de caixa operacional (EBITDA ajustado menos capex de manutenção) de
R$ 615,1 milhões no trimestre e de R$ 2,75 bilhões no ano. Diante do cenário
desafiador visto no mercado de celulose em 2016, os resultados foram
impulsionados pela performance no segmento Papel e pelos ganhos oriundos da
política de controle de custos e despesas.
De acordo com a Suzano essa
combinação contribuiu para que o Ebitda ajustado (excluídos itens não
recorrentes e/ou não caixa) acumulado entre outubro e dezembro alcançasse R$
901,6 milhões. No ano, o indicador somou R$ 3,91 bilhões. Já o capex de
manutenção atingiu R$ 286,5 milhões no quarto trimestre e R$ 1,16 bilhão em
2016.
O balanço anual aponta
também que o custo caixa consolidado de produção de celulose de mercado
atingiu, no quarto trimestre, R$ 570/ton sem paradas, patamar considerado o
custo caixa objetivo da empresa e anteriormente previsto para ser alcançado em
2018. No ano, o custo caixa de celulose foi de R$ 623/ton sem paradas, retração
de 3% sobre 2015. Destaque ainda para o Custo dos Produtos Vendidos (CPV)
unitário, que ficou em R$ 1.391/ton em 2016, elevação de 1,7% em relação ao ano
anterior, abaixo da variação inflacionária no período (+6,3%).
O ano também foi marcado
pelo aumento de 1,6% no volume produzido de celulose de mercado e papel, para
um total de 4,66 milhões de toneladas. A Suzano Papel e Celulose alcançou ainda
um novo recorde anual de produção e vendas de celulose de mercado, com a marca
de 3,5 milhões de toneladas. Os fortes resultados operacionais mitigaram
parcialmente os efeitos provocados pela queda dos preços internacionais de
celulose, os quais afetaram o setor como um todo.
No segmento Papel, menos
exposto do que a celulose a efeitos exógenos, como câmbio e preços
internacionais, as margens mantiveram trajetória favorável. A geração de caixa
operacional neste mercado alcançou R$ 960,4 milhões, alta de 29,4% em relação a
2015. O Ebitda ajustado do período atingiu R$ 1,16 bilhão, enquanto o capex de
manutenção totalizou R$ 199,7 milhões.
Para alcançar tais
resultados, a Suzano Papel e Celulose continuou a avançar em sua estratégia de
aproximação do cliente final, com o Programa Suzano Mais. A consolidação deste
novo modelo de negócios permitiu à empresa ampliar sua base para mais de 35 mil
clientes ativos. No ano, a companhia reportou lucro líquido de R$ 1,7 bilhão,
revertendo assim o prejuízo de R$ 925 milhões registrado em 2015.
Os resultados de 2016
comprovam a assertividade da estratégia da Suzano Papel e Celulose de manter um
portfólio de produção diversificado, com 61% da receita oriunda do segmento
Celulose e 39% do segmento Papel. Este movimento deve continuar em 2017, com o
avanço da companhia no mercado de celulose de eucalipto fluff e o ingresso nos
mercados de tissue e lignina.
No segmento Celulose, os
fundamentos de mercado suportaram o início do movimento de recomposição dos
preços internacionais do insumo utilizado na fabricação de papéis. Estatísticas
divulgadas pelo PPPC (Pulp and Paper Products Council) mostram que, no quarto
trimestre, os embarques de celulose de eucalipto cresceram 13,9% na comparação
com o mesmo período do ano anterior.
A Suzano Papel e Celulose
também continua atenta a oportunidades de reduzir o custo de sua dívida, assim
como aumentar a competitividade de suas operações. Ao final do ano passado, por
exemplo, a companhia concluiu a compra de terras no Maranhão, último milestone
estrutural para que possamos atingir o custo caixa objetivo de R$ 475/ton em
2021/2022.
Como consequência do
investimento nesta aquisição (R$ 800 milhões), o montante de investimentos
feitos pela Suzano em 2016 cresceu 51,4% sobre o ano anterior e atingiu R$ 2,6
bilhões. Excluída essa transação, os investimentos anuais somaram
aproximadamente R$ 1,8 bilhão, levemente abaixo da mais recente previsão da
companhia para o ano.
O balanço referente ao
fechamento de 2016 também aponta queda no nível de alavancagem da Suzano Papel
e Celulose, medida pela relação entre dívida líquida e EBITDA. O indicador, que fechou o ano anterior em 2,7
vezes, caiu para 2,6 vezes ao final de 2016. A dívida líquida, por sua vez,
encolheu 17,3% em igual período, chegando ao final do ano em R$ 10,3 bilhões.
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