Engenheiro
afirma que “Ler livros e jornais em papel é melhor para o ambiente que usar
computadores e iPads”.
Professor
Rui Sant’Ovaia do Politécnico de Tomar questiona propaganda da indústria de
equipamentos eletrônicos
Para
o professor o fim dos livros e jornais em papel não traz qualquer benefício
ambiental e beneficia apenas o setor dos negócios ligados aos equipamentos
eletrônicos.
Em
relação aos transportes diz que os Governos acabam com os transportes públicos
para deixarem de ter despesas e passarem a ter receitas provenientes da compra
e circulação de carros.
As
empresas de equipamentos eletrônicos dizem na sua propaganda que um leitor que
utilize um iPad, por exemplo, para leitura de livros, revistas e jornais tem
metade do impacto ambiental de um leitor que leia livros em papel.
Concorda?
Isso
não é demonstrável cientificamente.
O que acontece é que o negócio dos
equipamentos eletrônicos e de tudo o que lhe está associado é o negócio do
século e como as pessoas são sensíveis às questões ambientais, usa-se esse
argumento.
Atualmente
quando alguém pega numa folha de papel é acusado de estar a contribuir para
destruir as florestas.
Não
faz qualquer sentido dizer isso.
Não
se está a destruir qualquer floresta.
Não
é isso que acontece.
O
papel é produzido a partir da floresta industrial que é plantada, cortada
passados alguns
anos e replantada.
Não
é uma vantagem ambiental acabar com livros e jornais em papel?
A
única vantagem é para os negócios.
O
papel não é nenhuma ameaça ambiental.
O
papel é feito a partir de árvores.
As
árvores são um produto natural.
É
verdade que se destruirmos a floresta e não plantarmos nada a seguir, isso é um
atentado ambiental incrível, mas se formos replantando estamos a desenvolver o
processo natural que tem a grande vantagem de fixar o dióxido de carbono, que
resulta da utilização dos combustíveis fósseis.
Por
outro lado, em termos de energia eléctrica a indústria do papel é auto
suficiente porque uma parte da árvore é utilizada para queima.
Além
de que após a utilização o papel é facilmente biodegradável e é um produto
natural que é celulose.
Os
fabricantes de equipamentos eletrônicos dizem que a maior parte dos componentes
são recicláveis.
As
consequências em termos ambientais da indústria eletrônica não são totalmente
conhecidas.
Há
informação que não é divulgada.
Há
um enigma.
O
que é feito do lixo eletrônico?
Todos
esses equipamentos que se entregam e que as empresas recolhem para troca, o que
é feito deles?
Eles
dizem que reciclam até 90 por cento.
Eu
gostava era de saber se a Apple, por exemplo, tem alguma fábrica onde faz isso
ou se diz apenas que isso pode ser feito.
A
questão é essa.
A
Europa produz dez milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano.
É
verdade que há algumas unidades de reciclagem, mas há uma grande parte do lixo
eletrônico ao qual perdemos o rasto.
Há
versões que dizem que para África estão a ir toneladas, para lixeiras.
Já
houve reportagens publicadas.
E
são produtos perigosos.
Era
interessante rastrear esse lixo eletrônico.
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