“O rebaixamento da nota de
crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Fitch demonstra que as
medidas que vêm sendo adotadas pelo governo não têm surtido efeito para atenuar
a crise econômica. Desconfiança relativa ao desequilíbrio fiscal mantém-se”,
observa o presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf),
Levi Ceregato.
“O anuncio da agência em manter o selo de bom pagador é algo
positivo, porque é um sinal de que se reconhece o potencial do país para
retomar o fôlego em 2016. Porém, o País precisa de políticas mais eficazes e de
estímulo à produção”.
Ceregato, citando o 16º
Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica (Congraf), que acaba de ser
realizado, frisou que, no evento, ficou clara a percepção de que os maiores
obstáculos ao setor, bem como a toda a manufatura nacional, são os juros e
impostos elevados, a irresponsabilidade fiscal do setor público, a precariedade
e o custo do crédito, a taxação de investimentos, burocracia e insegurança
jurídica.
“Esses problemas não
permitem que o crescimento econômico seja sustentável. Por isso, enfrentamos
crises periódicas, como a atual, agravada pelos escândalos da corrupção, a fragilidade do governo atrelada à sua perda
de credibilidade, incluindo aqui a rejeição de seu balanço de 2014 pelo
Tribunal de Contas da União. Há, ainda, sérias contradições no Legislativo,
considerando a tentativa de alguns segmentos parlamentares de aprovar medidas
que agravariam o rombo fiscal”.
Para o presidente da
Abigraf, tudo isso precisa ser solucionado para o Brasil recuperar a
credibilidade e a confiança dos investidores e voltar a crescer.
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