Apesar de desempenho
inferior em relação ao segundo trimestre do ano, a indústria gráfica tem
esperança de consolidar o movimento de aumento das exportações e diminuição das
compras de produtos gráficos no exterior observado na comparação com 2013.
Vista de forma isolada, a
balança comercial do setor gráfico no terceiro trimestre não dá motivos para
comemoração. De acordo com dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC), o déficit foi de US$ 54,6 milhões – 78% maior do que
os US$ 30,6 milhões negativos registrados de abril a junho deste ano. No
entanto, quando se comparam os resultados com os obtidos no mesmo período de
2013, há aumento real de 17,5% nas exportações e recuo de 9% nas compras
externas de itens gráficos.
“Os números ainda são
tímidos e a queda nas importações provavelmente reflete o desaquecimento do
mercado interno. Mas o aumento das vendas externas é positivo e atesta o
empenho da nossa indústria gráfica em fazer a lição de casa da competitividade,
tanto que tem entre seus principais compradores os Estados Unidos, líder
mundial do setor”, pondera Levi Ceregato, presidente nacional da Associação
Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf).
Os dois pratos da balança
Entre julho e outubro, as
vendas externas do setor somaram US$ 75,5 milhões, capitaneadas pelos segmentos
de embalagens (41% do total) e cartões (35%). Venezuela, Uruguai e Estados
Unidos foram os maiores compradores, respondendo respectivamente por 28%, 17% e
8% das embalagens exportadas. Já os cartões tiveram como principais destinos
México (17%), Bolívia (15%) e Chile e Argentina (12% cada).
Nas importações, os itens do
segmento editorial (como livros e revistas) continuaram à frente, com
participação de 36%, seguidos de embalagens (23%) e cartões (19%), composição
igual à registrada nos três meses anteriores e no segundo trimestre de 2013.
A China foi a principal
fornecedora tanto no segmento de produtos editoriais (28% do total) quanto no
de embalagens (38%). O Brasil importou
ainda impressão de livros e revistas de Hong Kong (15%) e dos Estados Unidos
(13%). Espanha e Suíça responderam,
respectivamente, por 20% e 11% das embalagens compradas no exterior. E os
cartões importados vieram sobretudo de Estados Unidos (42%), Suíça (27%) e
França (11%).
Na comparação com o segundo
trimestre do ano, as importações saltaram de US$ 106,7 milhões para US$ 130,4
milhões e as exportações recuaram 0,4%. Frente ao terceiro trimestre de 2013,
porém, o desempenho pode ser considerado positivo, com queda de 31% no saldo
deficitário, que recuou de US$ 79,1 milhões para US$ 54,6 milhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário