Desde os 12 anos de idade,
Zuleide Pereira de Sousa trabalha quebrando coco babaçu para extrair e
comercializar seu azeite, garantindo a subsistência própria e de sua
família. Assim como ela, muitas outras
mulheres integram grupos formais e informais que tem o coco como fonte de
alimento e auxílio na renda familiar nos povoados de Petrolina, Altamira, São
Félix, Coquelândia, Olho D’Água dos Martins, Açaizal, São José da Matança e nas
Reservas Extrativistas de Ciriaco e Mata Grande, no Maranhão.
Localizadas na região da
Estrada do Arroz, nos municípios de Imperatriz, Cidelândia e Senador La Roque,
estas comunidades passaram a integrar o entorno da nova unidade de produção de
celulose para exportação da Suzano Papel e Celulose, inaugurada há um ano. Com
sua atuação, estratégias e modelo de gestão norteados para a sustentabilidade,
ao longo de sua trajetória a Suzano sempre trabalhou para contribuir com o
desenvolvimento das comunidades em suas áreas da influência e identificou que
estas trabalhadoras precisariam acessar as áreas da empresa para coletar
matéria-prima.
O relacionamento com as
quebradeiras deu origem a mais um Conselho de Desenvolvimento Comunitário,
estimulado pela empresa. Considerando a relação entre estes grupos e suas
áreas, a Suzano elaborou um diagnóstico local, realizou oficinas com a presença
de representantes de todos os grupos, envolveu a promotoria pública, secretaria
do meio ambiente e outras organizações em reuniões que permitissem identificar
as necessidades, potencialidades, oportunidades de parceria e demais
alternativas.
“Colocado em prática já na
Bahia e no Maranhão, os Conselhos Comunitários da Suzano abordam um modelo
participativo de relacionamento com as comunidades onde atuamos e têm como
principal objetivo transformar a realidade socioeconômica dessas comunidades,
criando nelas uma cultura empreendedora. Para tanto, a empresa organiza espaços
de discussão e diálogo que permitam criar projetos que estejam diretamente
relacionados à cultura local, de modo que se leve o desenvolvimento sem exigir
que estas comunidades abram mão de suas tradições e costumes”, explica Carlos
Alberto Griner, diretor de Recursos Humanos da Suzano.
Enquanto no Extremo Sul da
Bahia a Suzano atua para o desenvolvimento e implementação de um plano diretor
regional, no Maranhão, com as quebradeiras de coco, o objetivo é fortalecer a
cadeia produtiva do babaçu, tendo como ferramentas a organização social em
grupos, criando estratégias, planos de desenvolvimento, canais de divulgação de
disseminação das atividades das quebradeiras e da região como um todo.
O resultado de mais de oito
reuniões e duas oficinas foi um investimento de R$ 80 mil feito pela empresa
que, conforme decisão do grupo, serão aplicados na aquisição de uma máquina
secadora de amêndoas para a Resex Ciriaco; um terreno para os grupos de
quebradeiras de Olho D’Água dos Martins, Coquelândia e São Félix; uma máquina
forrageira – um tipo de moedeira – para os grupos de São José da Matança,
Petrolina e Coquelândia, material de construção para a Resex Mata Grande,
machados e material de uso diário para o grupo de Petrolina; três balanças de
300 quilos; uma balança digital de 10 quilos e a elaboração de um projeto
arquitetônico para pequenas unidades de beneficiamento.
Para Zuleide, a mudança de
perspectiva é grande. “Já estamos pensando em comprar um terreno, fazer uma
casinha e botar logo a forrageira para funcionar”, comemora.
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