Uma proposta de alteração no
regime tributário do Simples, com a divisão das empresas por setores da
economia, redução nas faixas de tributação e aumento do limite de faturamento
do programa, será encaminhada ao Congresso Nacional pelo ministro Guilherme
Afif Domingos (PSD), da Secretaria da Micro e Pequena Empresa. Na visão do
advogado tributarista Alexandre Limiro, especialista na área de micro e
pequenas empresas (MPEs), da AS Advocacia Tributária, a reformulação do Simples
Nacional é extremamente positiva.
Entre as novidades do
projeto, estão as reduções nas tabelas da alíquotas cerca de 140 novas
categorias. "A proposta de redução das atuais 20 faixas para seis
simplifica a tributação e atende aos fins de simplificação constitucionalmente
previstos", afirma Limiro.
Sobre divisão das
tributações por setores da economia ao invés de anexos aleatórios, o advogado
Alexandre Limiro ressalta que "tende a substituir critérios políticos que
muitas vezes resultaram na alocação, sem nenhum motivo, de determinadas
categorias em anexos com faixas de tributação menos favoráveis, como para as
academias, médicos e odontólogos, arquitetura e engenharia".
Para cada um dos setores
(varejo e duas tabelas para serviços), haverá uma tabela com seis faixas de
faturamento, cada uma tributada por uma alíquota diferente. Para o setor
industrial, serão sete faixas. A proposta também prevê um aumento de até 400%
no teto de receita anual das empresas optantes do Supersimples, passando para
R$ 14,4 milhões, no caso de indústria, por exemplo.
Este aumento do teto é o
grande ponto a ser destacado, defende o advogado, "porque corrige a
principal falha atualmente existente neste regime de tributação, que gera o
desincentivo ao crescimento de empresas. Para se ter uma ideia, uma empresa de
serviços que atualmente esteja no anexo III em determinado ano e fature um real
a mais do que o atual teto, que é de R$3.600.000,00, terá sua tributação
majorada de 17,42% para 25,7%. Ninguém hoje deseja crescer. É comprovado o
efeito indutor dos tributos".
Ao mesmo tempo em que o
Simples Nacional incentiva a formalização do micro empresário, espanta a
vontade de crescer do pequeno. "Um país que se pretende colocar como uma
das maiores economias do mundo não pode continuar agindo dessa maneira",
finaliza Limiro.
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