A ABTCP - Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel realizará a 3ª Semana de Celulose e
Papel de Três Lagoas, cidade de Mato Grosso do Sul, nos dias 18, 19 e 20 de
agosto de 2015, na sede da Faculdade AEMS.
O evento busca promover
reflexões, discussões e debates sobre assuntos de importância para o setor.
Trata-se, essencialmente, de um espaço para o compartilhamento de ideias,
técnicas, procedimentos e processos.
É destinado a gerentes,
supervisores, coordenadores, colaboradores das fábricas de celulose e papel e
estudantes. As sessões temáticas terão início às 19h. Consulte valores de
investimentos em
http://www.abtcp.org.br/3a-semana-de-celulose-e-papel-de-tres-lagoas
Marcia Moura, prefeita de
Três Lagoas, acredita que a importância do evento vá muito além de limites
territoriais. "Honraria qualquer localidade em que fosse instalado, já que
legitima a produção de papel e celulose como uma importante fonte de trabalho e
rendimentos para o Brasil, em nível mundial", salienta. "O fato de
Três Lagoas ser a terra mãe das duas maiores indústrias do setor no planeta nos
dá esse orgulho e a responsabilidade de continuarmos empreendendo para fazer
jus a estas conquistas e abrirmos o leque para mais investidores",
completa.
Como ponto forte do
encontro, a prefeita elenca o conhecimento que será compartilhado entre os
profissionais participantes do evento, incluindo os que atuam no município e
que será estendido, difundido e aproveitado em benefício desta atividade que
atualmente é de suma relevância para a cidade. "Fazer parte desta importante
página da história econômica de Três Lagoas, já reconhecida nacional e
internacionalmente, nos deixa plenamente satisfeitos, como anfitriões e,
principalmente, como cidadãos", considera.
Além da prefeita de Três
Lagoas, a sessão de abertura terá a participação de representantes das empresas
Poyry, Eldorado Brasil, Fibria e International Paper. Fabio Nakano, gerente
geral da fábrica da Eldorado Brasil, falará sobre o tema "Desenvolvimento
de Pessoas". De acordo com ele, a valorização do recurso humano é um dos pilares
estratégicos para o negócio. "E isso passa pelo apoio à formação de
profissionais para que possam atuar em nossos novos projetos, de forma a
contribuir diretamente com o sucesso e bom desempenho", enfatiza.
Para Nakano, o evento é
importante para a formação técnica do setor. "Os painéis e cursos
oferecidos incentivam a capacitação dos técnicos e dos futuros profissionais. É
compromisso da Eldorado a promoção e o desenvolvimento das cidades do Mato
Grosso do Sul em que atua (Água Clara, Inocência, Selvíria, Aparecida do
Taboado e Três Lagoas). Além disso, todas as pessoas que ingressam na empresa
recebem treinamentos e atualizações quando há novas diretrizes ou a renovação
de equipamentos ou processos", afirma.
Segundo ele, a Eldorado
anunciou o investimento de R$ 8 bilhões em uma segunda linha na cidade de Três
Lagoas, que dará origem ao maior complexo industrial do setor, batizado de
Projeto Vanguarda 2.0. "Essa nova operação representa a construção da
maior linha única de celulose do mundo, com capacidade de dois milhões de
toneladas/ano de celulose, com possibilidade de chegar a 2,3 milhões",
conta.
Desta forma, se somada à
linha atual, em operação desde 2012, tem-se quatro milhões de toneladas/ano
produzidas em um mesmo site industrial, o que possibilita à Eldorado estar em
lugar de destaque como o maior site industrial de celulose do globo. De acordo
com a prefeita da cidade, esse complexo da empresa reforça Três Lagoas como a
"Capital Mundial da Celulose".
Além da Eldorado Brasil e da
International Paper, o evento tem apoio da Fibria. De acordo com a empresa, o
evento valoriza a troca de experiências entre os profissionais da indústria e
proporciona a divulgação de informações importantes sobre a produção de
celulose para a comunidade de Três Lagoas, que tão bem acolhe o setor.
A Fibria foi a precursora do
negócio florestal e da indústria de celulose em Três Lagoas e na região.
Proporcionou a qualificação de mão de obra especializada e uma melhor
compreensão sobre o setor que tornou a cidade a Capital Mundial da Celulose.
Com o investimento de US$
1,5 bilhão, a construção da unidade da Fibria em Três Lagoas (MS) teve início
em 2007. O início da operação da planta (Start Up) aconteceu no final de março
de 2009.
No dia 14 de maio de 2015, o
Conselho de Administração da companhia aprovou o Projeto Horizonte 2, que trata
da ampliação de sua unidade de Três Lagoas (MS). Um dos maiores investimentos privados em
execução no Brasil, Horizonte 2 receberá investimentos de cerca de US$ 2,5
bilhões, gerando emprego, renda e desenvolvimento para a região e para o País.
A nova linha de produção terá capacidade de 1,75 milhão de toneladas de
celulose por ano. Somada à atual, já em operação, a unidade de Três Lagoas
chegará a uma capacidade total de 3 milhões de toneladas/ano, transformando-se
em um dos maiores sites de produção de celulose de eucalipto do mundo.
Com isso, a capacidade total
de produção da Fibria, considerando-se todas as suas unidades, passará dos
atuais 5,3 milhões de toneladas de celulose/ano para mais de 7 milhões de
toneladas de celulose/ano.
"A ampliação da unidade
de Três Lagoas segue a estratégia de crescimento com disciplina da Fibria, que
considera uma janela de oportunidade para a entrada de nova capacidade de
produção de celulose no mercado em 2018. É com muito orgulho que estamos
fazendo esse grande investimento no Brasil, com foco no mercado exportador,
contribuindo para a balança comercial brasileira, gerando empregos, melhoria na
qualidade de vida e desenvolvimento local, regional e para o país", afirma
Marcelo Castelli, presidente da Fibria.
Na última sexta-feira
(31/7), a Fibria anunciou a contratação de importantes pacotes de serviços e de
equipamentos para o Projeto Horizonte 2, que contemplam infraestrutura,
gerenciamento das obras, pátio de cavacos, linha de fibras, máquina de secar,
caldeira de recuperação, evaporação, caustificação, forno de cal, válvulas,
turbogeradores e todo o sistema de transmissão e distribuição de energia também
já estão fechados.
Ao longo dos dois anos de
execução do Projeto Horizonte 2, estima-se que serão criados 40 mil empregos
diretos e indiretos. Durante o pico da obra, serão cerca de 10 mil
trabalhadores. Quando entrar em operação, a nova linha de celulose da Fibria
terá 3 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos.
Já Guilherme dos Santos
Teixeira, coordenador de Marketing da Alvenius, uma das patrocinadoras do
encontro, conta que a empresa apresentará o conceito de união de tubulações
através de acoplamentos mecânicos. "Essa operação representa diversos
benefícios técnicos, financeiros e operacionais tanto em novas instalações
quanto em retrofits, pois não utiliza o processo de solda, gerando maior
agilidade, limpeza e segurança na montagem", explica.
De acordo com ele, essa
tecnologia pode ser aplicada em diversas etapas do processo produtivo em uma
planta de celulose e papel, bem como em sistemas de combate a incêndio ou mesmo
tubulações de utilidades. "Esta é uma tecnologia já difundida há anos ao
redor do mundo e hoje se faz presente com consistência no mercado brasileiro. A
tendência é que o setor passe a adotar o Sistema de Acoplamentos em suas
plantas", considera.
Já Gustavo Yokoyama,
supervisor de vendas de Sistemas da Yokogawa no segmento de papel e celulose,
empresa que também patrocina o evento, conta que a companhia pretende discutir
na ocasião o aumento da produtividade de uma planta de papel e celulose através
da integração de soluções em Automação Industrial centrada em capital humano, equipamentos
e softwares. Para ele, o conhecimento tácito dos profissionais mais experientes
transmitido na capacitação dos novos auxilia a tomada de decisão em situações
adversas.
"Com o mercado de
Automação Industrial cada vez mais competitivo, somente oferecer tecnologia de
ponta em sistemas de controle de processo, instrumentos de campo e softwares
avançados não garante vantagem competitiva para o sucesso da empresa",
define o profissional. De acordo com ele, é preciso também investir e capacitar
os profissionais, oferecendo treinamentos técnicos e especializações em novas
tecnologias de produção e controle para oferecer serviço qualificado e suprir
as necessidades do segmento, sendo essa uma atividade constante da Yokogawa. "Como recurso, o capital humano deve ser
aprimorado através da constante capacitação", constata.
E Yokoyama acredita que o
setor de papel e celulose e os profissionais que nele trabalham estão mais
capacitados. "As empresas estão cada vez mais investindo na especialização
de seus profissionais e que estes, capacitem outros novos. No entanto, ainda há
carência de mão de obra especializada", acredita. Por isso, na opinião dele, a troca de
experiências entre empresas, associações e centros acadêmicos é fundamental
para criação, inovação e capacitação de novos profissionais, além da
atualização dos experientes.
Além da Alvenius e Yokogawa,
as empresas Albany, Contech, Kadant, Kemira, Nalco e Solenis também patrocinam
o evento, além dos fabricantes Eldorado, Fibria e Internacional Paper, que o
apoiam.
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