No
segundo trimestre, a balança comercial brasileira de produtos gráficos fechou
com déficit de US$ 15,1 milhões, valor 50%
inferior ao registrado no mesmo período de 2014
O desempenho foi resultado
da exportação de 30,2 mil toneladas de produtos, equivalentes a US$ 65,6
milhões de receita, e da importação de 13,6 mil toneladas de itens gráficos,
que somaram US$ 83,8 milhões. Em relação ao mesmo período do ano anterior,
houve queda de 10% no valor exportado e de 21% no importado.
“É uma boa notícia para um
setor que vinha sendo fortemente castigado pela importação, especialmente de
produtos vindos da China a custos inalcançáveis para a indústria nacional”,
afirma Levi Ceregato, presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria
Gráfica (Abigraf).
Ceregato acredita que a
indústria gráfica brasileira pode se beneficiar da alta do dólar: “Se o câmbio
permanecer estável no longo prazo, provavelmente assistiremos a uma
substituição das importações, com melhora dos déficits, aumento da demanda por
produtos locais, redução de estoques e incremento da produção – o que aponta no
sentido de uma retomada nos investimentos do setor”.
Dentre os principais
compradores do produto gráfico nacional nesse segundo trimestre, estiveram
Estados Unidos com 24%, Uruguai, 11%, e Argentina, 8%. Já as importações de
itens gráficos beneficiaram principalmente as indústrias dos Estados Unidos e
China (21% cada), Suíça (9%) e Hong Kong (6%).
O segmento de Embalagens
destacou-se com 38% das exportações (equivalentes a US$ 25,8 milhões e 19 mil
toneladas). Os principais destinos das embalagens brasileiras foram Uruguai,
Argentina e Venezuela, respectivamente, com 20%, 14% e 12% das compras. Com 26%
do total exportado, equivalentes a US$ 18 milhões e 156 toneladas), o segmento
de Cartões Impressos ficou em segundo lugar, seguido de Cadernos, com
participação de 20%, correspondentes a US$ 13,6 milhões e 8,7 mil toneladas.
Na outra ponta da balança,
os itens gráficos mais importados pertencem ao segmento Editorial (livros e
revistas), com compras da ordem de US$ 33,3 milhões e 4,6 mil toneladas. Essas
importações corresponderam a 40% do total e procederam principalmente de
Estados Unidos (23%), China (19%) e Hong Kong (14%). Seguiram-se Cartões
Impressos, com 20% das importações (US$ 17,1 milhões e 121 toneladas), e
Embalagens, com US$ 14,1 milhões (17% do total) e 6 mil toneladas.
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