Crédito imagens: Juliana Bahia |
Empresa carioca, especializada em acabamento gráfico, investe em workshop para discutir causas e soluções que são encaradas cotidianamente para embelezar o produto impresso
A Mariplast, uma empresa de acabamentos gráficos especializada em diferentes serviços, organizou o “1º Workshop Causas e Soluções Gráficas do Rio de Janeiro”. O evento, realizado no dia 20 de junho, no Rio de Janeiro, contou com o apoio dos fornecedores Actega Overlake, Crown, Guanapel e Unipack.
Considerada uma das etapas mais importantes da produção gráfica, o acabamento vem para agregar valor em todos os sentidos. É uma fase vital para a perfeita harmonia do impresso. Dobras, cortes, laminações e vernizes ganham corpo nesse departamento. Nada, porém, funciona, sem sinergia na produção gráfica. Em paralelo embarcam automação e a fluência com a linha de produção.
Com o objetivo de colocar em discussão e mostrar novas ideias no tocante ao acabamento, a Mariplast tomou a iniciativa de convidar clientes e parceiros para colocar em pauta as variáveis do processo e discutir novas soluções. “Atuamos há 13 anos na demanda por acabamento. Começamos com plastificação e atualmente atendemos a todos os tipos de laminação, vernizes serigráficos, total e hot stamping. A cultura da empresa sempre foi apostar em profissionais capacitados que conseguem responder à demanda das gráficas do Rio de Janeiro. Consequentemente, ganhamos respeito e confiança perante o mercado. Somos procurados para resolver problemas técnicos dos nossos clientes”, explica Marisa da Costa Solino, diretora geral da Mariplast.
Foi a própria troca cotidiana de ideias entre clientes e parceiros que levou a Mariplast a desenvolver o evento. “A ideia surgiu no final do ano passado, pelas dificuldades e desafios que o setor de acabamento encontra no caminho da produção gráfica. Por isso, propomos mostrar as causas e soluções”, frisa Marisa.
Ainda de acordo com a diretora geral da Mariplast há a necessidade de chegar com novidades: “Nossos orçamentistas, em conjunto com os vendedores, precisam de uma injeção de ânimo. Não podemos nos acomodar, temos de chegar confiantes e mostrar novas ideias que motivem o cliente a comprar. Muitas vezes, fazemos a orientação completa ao cliente, que, por sua vez, tem de sentir confiança na atitude e na palavra do vendedor.”
Foi a própria troca cotidiana de ideias entre clientes e parceiros que levou a Mariplast a desenvolver o evento. “A ideia surgiu no final do ano passado, pelas dificuldades e desafios que o setor de acabamento encontra no caminho da produção gráfica. Por isso, propomos mostrar as causas e soluções”, frisa Marisa da Costa Solino (foto), diretora geral da Mariplast
Com relação à impressão digital, Marisa alerta que o mercado do Rio de Janeiro caminha de forma tímida. “O digital, quando acontece, vem sempre em pequenas escalas, sinto que as gráficas ainda não estão direcionadas para esse modelo de negócio. No entanto, falamos sobre laminações para impressão digital e caso a demanda aumente criaremos soluções para fornecer o acabamento ideal”, avisa a diretora geral da Mariplast.
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Dando sequência ao workshop, Celio Silva, técnico responsável pela fabricação de verniz da empresa Actega Overlake, ministrou uma apresentação objetiva sobre os desafios enfrentados. “Fabricamos vernizes há 20 anos e hoje a Overlake faz parte de um grupo alemão chamado Altana, que fornece para todo o Brasil, América do Sul e alguns países da América Central também. Produzimos diferentes tipos de vernizes, como ultravioleta, à base de água, óleo, resinosos e base solvente, este produzido nos EUA”, explica Silva.
Durante sua apresentação, Silva levantou alguns problemas inerentes à falta de conhecimento. “Muito comum querer alcançar brilho ou fosco, mas tudo isso depende de uma série de fatores, como, por exemplo, o uso de equipamentos para medição, que hoje transforma em números ações até então subjetivas. Já presenciei casos em que o cliente solicitou um brilho alto com UV, ou à base de água, e estava usando um papel que não fornecia essa condição. A falta de brilho pode estar no substrato. O insumo precisa ser bem entendido para que o efeito do acabamento seja bem explorado”, alerta Silva.
Há ainda casos mais específicos: “Existem tintas que não são adequadas para receberem uma laminação ou uma camada de verniz. O resultado pode ser rejeição, desprendimento do plástico, complicando a aplicação de hot stamping. Antes de chegar à Actega, trabalhei em indústria de tintas e sei que o fabricante, muitas vezes, não sabe para qual produto o insumo vai ser utilizado”, avalia Silva.
A temperatura na saída da máquina funciona como outro fator-chave ao acabamento. “O calor que fica na pilha demora a se dissipar e pode amolecer as camadas de tintas e vernizes. Recomendamos 38 graus de temperatura de pilha no máximo. A folha vai ficar em contato com a temperatura muito tempo no próprio acabamento e isso pode gerar aquecimento inesperado. O cuidado tem de ser grande com essa etapa. Outra ação que vejo acontecer é que o pessoal trabalha com mais água do que o necessário e isso gera emulsionamento, que leva à perda das características da camada de tinta para receber os processos anteriores. Caso a empresa lide com nível de água mais alto, o tempo de secagem da tinta muda”, frisa Silva.
Outro palestrante, Paulo Vinícius Pereira, gerente de produção da Guanapel, disse que a plastificação pode ser considerada um processo mais simples, mas há cuidados com a secagem: “Existe um período de respeito ao processo. A Guanapel surgiu em 1971 como a primeira extrusora do mercado carioca e com o tempo evoluímos em tecnologia. O filme de plastificação evoluiu bastante, acertamos o ponto ideal de tratamento corona e eliminamos problemas de rugas e riscos. Além do tempo de secagem do material, outro ponto preponderante é a armazenagem da bobina, que deve seguir regras como evitar a umidade e batidas contra superfícies. Hoje somos considerados uma empresa que fornece filmes de excelência, com 2800 metros lineares sem emendas”, garante Pereira.
Tobias Meyer, gerente comercial e técnico da Crown Roll Leaf do Brasil, mostrou ao público os diferenciais que as fitas coloridas e holográficas proporcionam ao acabamento. “Atuamos com 74 cores de estoque permanente no Brasil e, como entendemos que o mercado precisa de um atendimento veloz, apostamos em entregas com urgência. O hot stamping engloba diversos mercados, como gráfica plana, rotativa, flexo e banda estreita. Há outros mercados, como madeira, molduras de quadros, lápis, plástico rígido, holografia de segurança, couro, sintético, indústria têxtil e placas veiculares”, detalha Meyer.
Ainda de acordo com o gerente comercial da Crown, o material não tem tempo de vida útil determinado, mas a empresa coloca como prioridade dois anos. “Há casos com cinco anos de utilização. Por ser um material que trabalha com calor não pode ser estocado perto de fonte de calor, pois perde qualidade. Outra orientação importante é que se puxar umidade vai deixar de trabalhar. Dizemos para nunca fazer o orçamento pelo metro quadrado, sempre pela bobina”, completa Meyer.
Para fechar, Cássia Cardoso Gonçalves, da Unipack, evidenciou o compromisso da empresa em alinhar produtos conforme a necessidade de cada cliente. “A Unipcak surgiu em 2006; estamos em São Paulo, no bairro da Vila Leopoldina. Temos como meta sempre testar os produtos tecnicamente antes de colocar no mercado. A Mariplast é nossa parceira nesse processo, por isso todo material vai chegar com qualidade e o mínimo de problemas possíveis”, pontua Cássia.
Palestrantes reunidos: Cássia
Cardoso Gonçalves, da Unipack; Celio Silva, técnico responsável pela fabricação
de verniz da empresa Actega Overlake; Marisa da Costa Solino, diretora geral da
Mariplast; Paulo Vinícius Pereira, gerente de produção da Guanapel e Tobias
Meyer, gerente comercial e técnico da Crown Roll Leaf do Brasil
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