A Suzano Papel e Celulose
iniciou no dia 18 de novembro a produção inédita de celulose fluff de fibra
curta, batizada de Eucafluff.
O investimento de R$ 30
milhões, anunciado em maio deste ano, marcou ainda a entrada da empresa neste
segmento, com capacidade de produção inicial de 100 mil toneladas/ano. A
produção está concentrada na Unidade Suzano, em São Paulo, por meio da
modernização de uma máquina de imprimir e escrever e já possui a certificação
Forest Stewardship Council (FSC - C010014) – hoje um volume pequeno da produção
mundial de fluff possui essa certificação.
De acordo com dados da
consultoria RISI, em 2014, o mercado brasileiro de celulose fluff foi estimado
em cerca de 292 mil toneladas, sendo que esta demanda é atendida apenas por
importações de fibra longa. Ainda segundo a consultoria, a demanda global para
os próximos cinco anos deve crescer, aproximadamente, 3,7% ao ano. No Brasil,
para o mesmo período, esse crescimento pode chegar a 4,3% ao ano. “O que
estamos propondo é uma quebra de paradigma. Na década de 50, produzir papel com
fibra curta era algo improvável. Queremos agora avançar também no segmento
fluff”, explica Ernesto Pousada, diretor executivo de Operações da Suzano Papel
e Celulose.
A celulose fluff garante a
absorção e a retenção de líquidos em produtos como fraldas descartáveis e
absorventes, por exemplo. No caso do Eucafluff, testes demostraram potencial de
substituição de fibras de 70% para absorventes e 30% para fraldas. Em relação à
performance, uma das vantagens da nova fibra é o menor consumo de energia no
processamento e desfibramento. “Já temos sete clientes homologados e bastante
satisfeitos com o desempenho do produto”, acrescenta Alexandre Corrêa, gerente
executivo de Novos Negócios da Suzano Papel e Celulose. A celulose fluff será
entregue em bobinas de 300g/m²e 700g/m² aos clientes a partir de dezembro.
Essa nova área de atuação
está dentro do pilar estratégico de negócios adjacentes da empresa, que busca
novas aplicações para a celulose de eucalipto e, com isso, diversifica os
produtos da companhia. Fazem parte desse pilar a produção de lignina e a
entrada no segmento de tissue, este último, anunciado recentemente.
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