Por Sidney Anversa Victor - Presidente da Abigraf Regional São Paulo (Associação Brasileira da Indústria Gráfica-SP)
O estudo “Mercado mundial de
impressão: identificando oportunidades para a indústria gráfica”, realizado em
2013 pela Unidade de Inteligência da revista inglesa The Economist, a pedido da
associação norte-americana NPES - The Association for Suppliers of Printing,
Publishing and Converting Technologies, previa que, em 2017, o faturamento
mundial do setor seria de US$ 668 bilhões.
Para o Brasil, o relatório
estimava um resultado de US$ 20 bilhões. Como em nosso país até o passado
éimprevisível, instituições de peso como The Economist arriscam seu prestígio
ao fazer projeções sobre nossa economia... Por enquanto, estamos distantes da
previsão, pois o faturamento do mercado impressor brasileiro vem caindo,
situando-se em torno de US$ 14 bilhões. Será que conseguiremos agregar mais US$
6 bilhões a esse valor no próximo ano? Pouco provável, pois teríamos de crescer
42,9%. Nem o mais otimista dos chineses ousaria acreditar em algo assim...
Contudo, temos imenso
potencial para reverter as quedas e retomar índices consistentes de expansão.
Prova disso encontra-se no 26º Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando
Pini, cuja cerimônia de entrega, dia 22 de novembro, em São Paulo, é a maior
festa do setor no mundo. O concurso mostra o elevado padrão de qualidade dos
impressos brasileiros, que pode ser observado nos jornais, revistas,
embalagens, livros, peças comerciais, publicidade e em tantos outros produtos
gráficos. Considerando que a satisfação dos clientes é o principal quesito para
o êxito do negócios, temos uma base forte para vencer a crise econômica, no
contexto do novo ambiente político nacional.
É preciso ter confiança em
nosso produto, empresas e capacidade de — superada a tempestade que se abateu
em nossa economia em decorrência de quase 16 anos de desmandos dos governos do
PT — enfrentar a concorrência com as mídias eletrônicas e as exigências
crescentes do mercado interno e externo. Nesse sentido, é pertinente olhar com
atençãopara o estudo realizado por The Economist, que aponta um futuro
promissor para o setor gráfico.
Se sobreviveram no
redemoinho de uma das mais graves crises do Brasil, as gráficas têm tudo para avançar
no novo cenário político brasileiro.
Como evidencia o Prêmio
Fernando Pini, temos agregado ganhos de produtividade e custos, soluções
criativas einteligentes para os clientes e uma inabalável resistência às
adversidades. Se sobrevivemos no redemoinho de uma das piores crises de nossa
história, temos tudo para avançar a partir da nova realidade nacional.
Para isso, precisamos
continuar fazendo o que mais sabemos — imprimir! — com crescente qualidade.
Como cidadãos e empresários, é nosso dever cobrar ao governo, como têm feito
nossas entidades de classe, que remova os conhecidos obstáculos aos setores
produtivos e realize as reformas trabalhista, previdenciária e tributária.
No ambiente político que
emergiu do impeachment presidencial, o Brasil tem mais uma oportunidade histórica
de solucionar seus antigos problemas e ingressar num ciclo contínuo de
desenvolvimento. A excelência dos impressos brasileiros demonstra que os
gráficos incluem-se entre os setores protagonistas desse novo tempo.
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