terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Setor de Embalagem registra produção de R$ 55,1 bilhões em 2014

A Associação Brasileira de Embalagem (ABRE) anuncia os resultados do Estudo Macroeconômico da Embalagem ABRE/FGV “Desempenho da Indústria de Embalagens: retrospectiva 2014 e perspectivas 2015”. Com volume bruto de produção na casa de R$ 55,1 bilhões, o setor apresentou recuo de 1,47% na produção física da embalagem em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com os números tradicionalmente apurados pela ABRE há 18 anos, sob a chancela do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV).

Na opinião de Salomão Quadros, responsável pelo estudo, o ano de 2015 deve ser de atenção. “A confiança do consumidor vem diminuindo mês a mês. A política econômica mais restritiva e o ajuste fiscal vão desacelerar a economia. O ambiente internacional ainda está longe da normalidade. Uma possível retomada da indústria de Embalagem não deve ganhar força antes de 2016”, afirma.

O estudo mostra que as classes de materiais com variação positiva no período são Papel, Papelão e Cartão (0,57%) e Vidro (4,92%). Já no comparativo do ano, apenas Vidro registrou crescimento de 1,86% em 2014 com relação a 2013.
Ainda de acordo com os dados, o setor operou com grau médio de utilização da capacidade de 86,3%, gerando 227.321 postos de trabalho em dezembro de 2014, ou seja, 0,41% menos que em dezembro de 2013. O segmento de plástico é o que mais empregou no período, com 52,77% do total de empregos gerados. Entretanto, na comparação com o mesmo período de 2013, a área de Vidros foi a que apresentou crescimento expressivo, com aumento de 6,64% no número de postos ofertados no mercado de trabalho.

O Estudo aborda também os números de Importações e Exportações, índices de Confiança da Indústria e do Consumidor, além do Consumo das Famílias. Com volume total de US$ 860.194.298, as importações apresentam variação positiva em Vidro (0,27%), Plástico (1,84%) e Madeira (1,41%). Recuaram Metal (-2,34%) e Papel/Papelão (-20,88%).
As Exportações ficaram na casa de US$ 523.234.127, com crescimento em Vidro (28,55%), Metal (16,75%), Papel/Papelão (3,24%), Madeira (2,77%) e recuo apenas em Plástico (-1,59%).

“Estamos em um momento onde a inovação é mais que necessária, é uma questão de sobrevivência. Precisamos buscar alternativas fora da caixa para superar um ano atípico, mas com situações já esperadas por todo o mercado. Inteligência e estratégia são duas palavras que devem ser incorporadas pelas empresas de todos os segmentos”, destaca Gisela Schulzinger, presidente da ABRE.


De acordo com Luciana Pellegrino, diretora Executiva da ABRE, o estudo é um balizador para o mercado de embalagem. “Nosso objetivo é oferecer ao setor um termômetro do segmento e buscar um norte para ações na Indústria”, comenta.

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