A Associação Brasileira de
Embalagem (ABRE) anuncia os resultados do Estudo Macroeconômico da Embalagem
ABRE/FGV “Desempenho da Indústria de Embalagens: retrospectiva 2014 e
perspectivas 2015”. Com volume bruto de produção na casa de R$ 55,1 bilhões, o
setor apresentou recuo de 1,47% na produção física da embalagem em relação ao
mesmo período de 2013, de acordo com os números tradicionalmente apurados pela
ABRE há 18 anos, sob a chancela do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação
Getúlio Vargas (IBRE/FGV).
Na opinião de Salomão
Quadros, responsável pelo estudo, o ano de 2015 deve ser de atenção. “A
confiança do consumidor vem diminuindo mês a mês. A política econômica mais
restritiva e o ajuste fiscal vão desacelerar a economia. O ambiente
internacional ainda está longe da normalidade. Uma possível retomada da
indústria de Embalagem não deve ganhar força antes de 2016”, afirma.
O estudo mostra que as
classes de materiais com variação positiva no período são Papel, Papelão e
Cartão (0,57%) e Vidro (4,92%). Já no comparativo do ano, apenas Vidro
registrou crescimento de 1,86% em 2014 com relação a 2013.
Ainda de acordo com os
dados, o setor operou com grau médio de utilização da capacidade de 86,3%,
gerando 227.321 postos de trabalho em dezembro de 2014, ou seja, 0,41% menos
que em dezembro de 2013. O segmento de plástico é o que mais empregou no
período, com 52,77% do total de empregos gerados. Entretanto, na comparação com
o mesmo período de 2013, a área de Vidros foi a que apresentou crescimento
expressivo, com aumento de 6,64% no número de postos ofertados no mercado de
trabalho.
O Estudo aborda também os
números de Importações e Exportações, índices de Confiança da Indústria e do Consumidor,
além do Consumo das Famílias. Com volume total de US$ 860.194.298, as
importações apresentam variação positiva em Vidro (0,27%), Plástico (1,84%) e
Madeira (1,41%). Recuaram Metal (-2,34%) e Papel/Papelão (-20,88%).
As Exportações ficaram na
casa de US$ 523.234.127, com crescimento em Vidro (28,55%), Metal (16,75%),
Papel/Papelão (3,24%), Madeira (2,77%) e recuo apenas em Plástico (-1,59%).
“Estamos em um momento onde
a inovação é mais que necessária, é uma questão de sobrevivência. Precisamos buscar
alternativas fora da caixa para superar um ano atípico, mas com situações já
esperadas por todo o mercado. Inteligência e estratégia são duas palavras que
devem ser incorporadas pelas empresas de todos os segmentos”, destaca Gisela
Schulzinger, presidente da ABRE.
De acordo com Luciana
Pellegrino, diretora Executiva da ABRE, o estudo é um balizador para o mercado
de embalagem. “Nosso objetivo é oferecer ao setor um termômetro do segmento e
buscar um norte para ações na Indústria”, comenta.
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