A balança comercial de
produtos gráficos fechou o terceiro trimestre em queda. Em valores, as
exportações caíram 11%, e as importações, 23,5%, frente ao mesmo período do ano
passado. No período, foram exportados US$ 67,4 milhões, equivalentes a 20,7 mil
toneladas de produtos gráficos, e importados US$ 100 milhões, correspondentes a
23,2 mil toneladas de itens gráficos.
O saldo foi um déficit de US$ 32,5
milhões, 41% menor do que no terceiro trimestre de 2014, segundo cálculos da
Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), com base em dados do
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Também na balança comercial
brasileira houve queda nas exportações, o que contradiz a previsão de que a
alta do dólar tornaria o produto brasileiro mais competitivo lá fora.
“O dólar
alto, em vez de melhorar a competitividade, tem penalizado os custos de
equipamentos e insumos dos quais dependemos”, analisa Levi Ceregato, presidente
nacional da Abigraf.
Nas exportações, o segmento
de Embalagens liderou as vendas do setor para o mercado externo, com 39% (US$
25,4 milhões e 17 mil toneladas), enquanto produtos do segmento Editorial (como
livros, revistas e periódicos) foram os mais importados (US$ 41,1 milhões e 6,3
mil toneladas).
Dentre os principais
compradores dos itens gráficos nacionais, destacaram-se Estados Unidos (11%) e
Venezuela e Uruguai (9%, cada um). No grupo dos países que mais se beneficiaram
com as compras externas brasileiras desses produtos, estiveram China (25% do
total), Estados Unidos (18%) e Suíça (5%).
Não espanta que o Índice de
Confiança do setor, apurado trimestralmente pela Abigraf, tenha apresentado
nova queda em setembro. Com menos 11 pontos em relação ao mesmo período de
2014, o IC da indústria gráfica fechou o terceiro trimestre com 38,3 pontos, em
uma escala de zero a cem, na qual 50 representa neutralidade.
As grandes empresas do setor
foram as que demonstraram menor confiança (IC de 35,2). Na análise por região,
as gráficas do Sudeste, em especial de São Paulo, apresentaram o menor IC,
respectivamente, 35,4 e 31,9 pontos. Os segmentos Editorial e Embalagens foram
os menos confiantes, marcando 32,9 e 36,7 pontos.
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