A Suzano Papel e Celulose
investirá R$ 425 milhões na construção de duas unidades de produção de bobinas
para a conversão em papel higiênico nas cidades de Mucuri (BA) e Imperatriz
(MA).
Cada uma delas terá uma
máquina de largura dupla, com capacidade de produção de 60 mil toneladas/ano. A
estratégia é atuar como parceiro industrial de players desse segmento,
fornecendo os jumbos que serão convertidos no produto final, garantindo
competitividade de custos e de logística.
O consumo de papel higiênico
no Brasil tem migrado gradualmente dos produtos de folha simples, para os mais
sofisticados, com folhas dupla e tripla. O mercado brasileiro consumiu 800 mil
toneladas no ano passado. “Identificamos uma nova frente na qual conseguimos
agregar valor à nossa celulose. Podemos ser muito competitivos e é isso que
estamos propondo ao mercado”, afirma Walter Schalka, presidente da Suzano Papel
e Celulose.
A expectativa é de que a
demanda local por tissue cresça, em média, 5% ao ano. Nas regiões Norte e
Nordeste, porém, o crescimento tem superado essa taxa. “Com a fabricação de
bobinas na Bahia e no Maranhão, a Suzano se aproxima dos mercados mais
promissores, com unidades integradas, produto de qualidade e custo competitivo,
em especial na questão de logística, já que grande parte das bobinas é hoje
produzida no Sul e Sudeste do país”, completa Ernesto Pousada, diretor
executivo de Operações da Suzano Papel e Celulose.
Com esse projeto, a empresa
também propõe uma solução definitiva para a monetização dos seus créditos de
ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) na Bahia e no
Maranhão. Uma das maiores exportadora desses estados, a Suzano terá agora
atuação no mercado interno (vendas das bobinas) para deduzir os créditos
gerados no embarque de celulose.
O início das operações das
novas unidades está estimado no 3º trimestre de 2017, em Imperatriz, e no 4º
trimestre de 2017, em Mucuri. O investimento aprovado também contempla a
possibilidade de, no futuro, a empresa atuar na conversão do produto.
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