Durante um debate promovido na Campus Party, sobre livros digitais nesta quarta-feira (30), o consultor editorial Carlo Carrenho, do Publishnews, disse que é mais do que oportuna, pois o livro impresso promoveu um momento de ruptura na história da humanidade – basicamente o que acontece hoje em relação ao mercado editorial.
O livro digital leva o nome de Johannes Gutenberg – inventor da impressão por tipos móveis, que possibilitou o desenvolvimento da imprensa e revolucionou o setor editorial no mundo.
Dando continuidade a discussão, Carrenho disse que assim como a invenção de Gutenberg, o livro digital leva informação a quem tem dificuldade de obtê-la. Antes dos tipos (basicamente carimbos em formato de letras), a cultura escrita era extremamente restrita, mas passou a se abrir porque a reprodução foi facilitada.
Daí ele classificou que com os e-books, acontece a mesma a mesma coisa: o consumidor não precisa esperar que a obra recém-lançada chegue à livraria mais próxima. Porque ele nem precisa da livraria.
Logicamente isso é uma ruptura para imprensa e incomoda livrarias, distribuidoras e transportadoras, que veem uma clara ameaça aos negócios.
“Nenhum dos principais players do mercado ganha dinheiro com livro digital, pelo contrário, tem muita gente perdendo”, disse Sergio Herz, CEO da Livraria Cultura, em que 3% das vendas de livros já correspondem a obras em formato digital.
De acordo com o vice-presidente de Comunicações da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Hubert Alquéres, todos os envolvidos no setor editorial estão focados no digital, ainda mais depois da chegada de Amazon e Google e do lançamento do Kobo pela Livraria Cultura.
“Se o Brasil estava ainda muito cauteloso de entrar nesse mundo, percebe-se que agora é um caminho sem volta.”
Fonte: Por Edvaldo Júnior - http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/no-brasil,-livro-e-produto-de-elite,-diz-entusiasta-dos-e-books
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