Gro Brundtland, ex-primeira ministra da Noruega, convoca
responsabilidade ambiental sinérgica entre poder público e sociedade
Por Fábio Sabbag - direto de Manaus (AM)
É preciso pensar
seriamente na transição de recursos e não na destruição da natureza. “Sabemos
que o acesso à energia é crucial, mas uma grande parcela mundial ainda continua
vivendo sem. E, definitivamente, sem eletricidade, as dificuldades aumentam. É
por isso que os combustíveis energéticos têm de estar no coração de qualquer
país”, disse Gro.
De acordo com Gro,
o RIO+20 – evento que será realizado no Rio de Janeiro em breve - terá foco na eficiência
energética e na energia renovável.
“Países em desenvolvimento têm politicas ambientais
bem mais atuantes. Em 2009, tínhamos 55 países com leis e políticas vibrantes.
Em 2011, o número saltou para 119 países. Os países do Oriente Médio, por
exemplo, na década de 90 combateram fortemente a criação de taxas favoráveis à
sustentabilidade. Fui bastante criticada em 1992 no Rio de Janeiro. Hoje, os
mesmos países que tentaram combater, estão, gradativamente, mudando de opinião.
Mesmo assim, sabemos que a mudança não acontece da noite para o dia. É preciso
investir, criar políticas e incentivos para a energia renovável”, destaca Gro.
A ex-primeira ministra da Noruega fez questão de
convocar tanto o poder público quanto a sociedade. Gro falou que é preciso desfazer as políticas antigas que dão destaque aos combustíveis provenientes do petróleo.
É um desafio que deve ser encarado mundialmente. Vale lembrar que Gro está fortemente empenhada na luta da sociedade brasileira contra o Novo Código Florestal.
“As parcerias serão essenciais e os desafios são comuns. Setor público e comunidade são parceiros e a tecnologia existe para diminuir a distância. Teremos de semear, enquanto vivermos, a responsabilidade ambiental. Não há outro caminho, não existe atalho alternativo", finaliza.
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