Responsável pela criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, voltado à proteção de parques nacionais e reservas florestais, FHC criou ainda o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) um dos maiores aliados no combate ao desmatamento e a atividades criminosas na região.
Durante sua palestra no terceiro Fórum Mundial de Sustentabilidade, FHC disse que a grande mudança ambiental começou a ocorrer na década de 80, a partir da preocupação com a camada de ozônio. “Nessa época, os países começaram, realmente, a pensar em como cuidar do ambiente. Ainda assim, mesmo com toda a evolução cabe a pergunta: quais são os desafios da sustentabilidade? Nosso problema, ou seja, nossa maior responsabilidade, na questão da emissão de gases prejudiciais, é em grande parte saber como vamos lidar com a questão da floresta. O que não é nada fácil”, avisa FHC.
Durante seu
governo, FHC ampliou de 50% para 80% a área de reserva legal das propriedades
rurais na Amazônia. O ex-presidente alerta que não se trata de um conjunto de
regras impostas; o importante é colocar
na cabeça das pessoas a ideia da preservação. “Não adianta preservar a floresta
e não olhar a poluição urbana. Outro fato é que o efeito estufa, ao menos todos
os relatórios afirmam isso, está aumentando. Por isso há urgência. Sabemos que
é possível ter desenvolvimento e responsabilidade ambiental conjuntamente. Já
sabemos, também, que há capacidade de ação, mas o problema é que o assunto é urgente. E urgência ainda não faz parte do
Brasil”, frisa FHC.
Cardoso relembrou
a época do apagão vivido no Brasil. “Quando era presidente corremos o risco do
apagão e apelamos para a redução do consumo. Passado o perigo, o consumo
continuou baixo durante muito tempo. Isso quer dizer que há como reduzir. O
desafio atual não conhecer as práticas ambientais é colocá-las em prática. É o valor
da vida. Dois graus a mais na temperatura são capazes de erradicar diversas espécies”,
alerta FHC .
Para concluir,
FHC afirmou que a questão discutida aqui no Fórum prima sobre as demais ou não
vamos responder como líderes da questão. “Definitivamente, o Brasil tem condições
de lidar com isso. Trata-se de uma desafio moral e quando é moral quero dizer um
político. Os acordos têm de ser cumpridos e assumiremos a nossa parte.”
Recentemente durante as discussões internacionais
sobre o mercado de carbono, foi um proponentes, junto à Organização da Nações
Unidas (ONU), da criação dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo – previsto no
Protocolo de Lho. FHC criou ainda a Agência Nacional de Águas (ANA) que organiza
o uso industrial, doméstico e agrícola do bem essencial à vida.
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