Sinal do tempo ou o tempo sinalizando?
Ontem saiu a notícia: após 244 anos, Enciclopédia Britânica deixa de ser impressa. A mais antiga enciclopédia em inglês, impressa desde 1768, terá apenas a versão disponível na Internet.
Impressa em 24 volumes antigamente, a coleção era vendida por 1.400 dólares. Hoje, a assinatura online custa aproximadamente 70 dólares. Há ainda aplicativos que custam entre 1,99 e 4,99 dólares ao mês.
É, toda vez que leio uma notícia assim, sinto que o tempo sinalizando algo. Lembro que uma das minhas funções, no período da escola, era andar até uma biblioteca que ficava – no passado mesmo, pois ela também não existe mais -, perto da Folha de S. Paulo na Alameda Barão de Limeira, em São Paulo.
Lá, passava horas pesquisando para ter fonte e bibliografia. Tinha - e exercia - esse hábito continuamente. Confesso, ainda, que o hábito fora instigado pelos meus pais.
Boa questão: Será que os pais de hoje lembram que ainda há bibliotecas em São Paulo. Será que os pais de hoje dizem aos seus filhos que na biblioteca é perfeitamente possível encontrar as soluções?
Será também que os pais de hoje ligam o notebook ou o iPhone e indicam aos seus filhos o caminho da informação?
Pode ser que todas as perguntas tenham resposta. Pode ser que não. Fato é que o tempo está sinalizando algo. Receio que a biblioteca tenha se tornado um lugar inóspito onde os livros repousam serenamente.
Saudações Graphprintenses,
Fábio Sabbag
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