Impressão em meio-tom
A popularidade da fotografia aumentou muito no século XIX e, com isso, cresceu também o desejo de se imprimir as fotografias em livros e jornais.
As impressoras, contudo, não eram capazes de reproduzir as imagens fotográficas com seus infinitos tons de cinza. Só em 1881 o americano Frederic Ives (1856-1937) desenvolveu o primeiro processo de impressão em meio-tom bem sucedido.
A impressão em meio-tom converte imagens com vários tons em imagens compostas por pontos de diversos tamanhos.
O segredo do sistema está na exploração das limitações do olho humano. Com a resolução certa, os pontos não são vistos individualmente, o que resulta na ilusão de se criar tons de cinza com os pontos maiores parecendo áreas de tons mais escuros.
“A verdade é que o meio-tom nada mais é do que um truque de mágica” – Bill Stephens, tipógrafo
O primeiro passo é produzir um negativo com uma câmera de processamento. Esta câmera tem uma tela entre a lente e o filme que contém uma grade.
Essa grade divide a imagem em pequenos quadrados através dos quais a luz passa, produzindo um pontilhado discreto.
Os pontos de diferentes tamanhos são resultado da luz que, de modo desigual, atinge o filme. Quanto mais luz, maiores são os pontos.
O negativo então é usado para produzir uma gravação, em geral água-forte sobre uma placa metálica, da imagem na superfície.
Depois, as placas metálicas são cobertas com tinta e a imagem é impressa. Esse processo de meio-tom, eficiente e barato, ainda é usado, principalmente em jornais.
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