sexta-feira, 27 de junho de 2014

Estudo prevê que o comércio eletrônico será responsável pela movimentação de US$ 53 bilhões em vendas globais em 2016

Um novo relatório lançado globalmente pela Kantar Worldpanel prevê que o comércio eletrônico será responsável pela movimentação de US$ 53 bilhões em vendas globais em 2016 - um aumento de US$ 17 bilhões (47%) sobre os atuais US$ 36 bilhões.

O relatório, que se baseia em análises profundas dos hábitos de compra de 100.000 consumidores em dez dos maiores mercados de consumo on-line, estima que o e-commerce será responsável por 5,2% das vendas globais em 2016 - um aumento de 3,7% em relação aos dados atuais.

O estudo também espera que a Ásia seja o próximo mercado de maior crescimento. A Coreia do Sul vai continuar com a sua posição de liderança on-line concentrando 13,8% das vendas em 2016. Hoje, 55% dos compradores coreanos compram on-line, um valor excepcionalmente alto que não se iguala a nenhum outro país do mundo. O market share online de bens de consumo não duráveis continuará a crescer rapidamente em Taiwan e na China para alcançar 4,5% e 3,3%, respectivamente, de participação no mercado total.

Atualmente, o Reino Unido é o pioneiro no mercado europeu on-line. Consumidores britânicos compram na internet uma vez por mês e seus carrinhos são cinco vezes maiores do que quando compram off-line (na maioria dos países carrinhos de compras on-line são duas vezes maiores que seus equivalentes off-line). No entanto, o crescimento impressionante da oferta de “click and collect” na França, conhecido como "Drive", fará com que a França ultrapasse o Reino Unido em 2016 com 6,1% contra 5,5% de market share, respectivamente.

Atualmente os compradores on-line, tipicamente de classe média e alta, tendem a favorecer os produtos de marca própria tornando-se uma plataforma ideal para as marcas. Na França, 55% dos consumidores on-line reutilizam a mesma lista para cada viagem, o que torna essencial para as marcas garantir um lugar nas listas de compras para que possam se beneficiar deste crescimento previsto.

Stéphane Roger, diretora global de Shopper and Retail da Kantar Worldpanel, explica: "Embora o on-line tenha uma pequena participação nas vendas de produtos de bens de consumo não duráveis, no momento, todos os países estão testemunhando um crescimento considerável. O futuro pertence a varejistas e marcas que enxergam adiante e aproveitam as oportunidades oferecidas para ampliar seus targets. Demorar em adotar medidas on-line tem o potencial para danificar significativamente as vendas e prejudicar a participação de mercado".

O relatório revela as barreiras que impedem os varejistas e marcas de se envolver com o canal on-line. Ele mostra que a maioria delas são percebidas ao invés de fazer parte do comportamento de compra dos consumidores. As compras on-line carregam um medo e um sentimento que as vendas em lojas físicas estão canibalizadas e que os consumidores vão se tornar menos leais se fizerem compras pela internet - a pesquisa mostra que o oposto é verdadeiro para ambos os cenários.

Stéphane Roger ainda diz: "Uma das principais preocupações para o mercado de bens de consumo não duráveis, é que o e-commerce afastará o consumidor dos canais físicos. No entanto, este é também um dos maiores equívocos. Ter uma oferta on-line ajuda o varejista a garantir uma receita adicional, em vez de canibalizar gastos existentes em lojas de tijolo e argamassa."


O relatório também apresenta as estratégias que os varejistas e as marcas estão implementando para ganhar market share em diferentes ambientes de varejo locais, da Coreia do Sul, China, França e Reino Unido. Estas incluem compras por impulso, varejo on-line mais divertido e as últimas técnicas em lojas de conveniência.

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