A
produção física da indústria gráfica brasileira caiu 1,8% no segundo trimestre
em relação aos três primeiros meses do ano. Frente ao mesmo período em 2013, o
resultado indica queda de 9,9%.
Os números, elaborados pela Associação
Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) com base na Pesquisa Industrial
Mensal do IBGE, têm alcance nacional. Atento ao risco de novas retrações, o
setor reviu para baixo a projeção para o ano. “Prevíamos queda de 1,7% na
produção anual, mas acreditamos que o recuo deve atingir 3,5%”, afirma Levi
Ceregato, presidente nacional da Abigraf.
A
crise na Argentina (importante parceiro comercial do setor), a alta de juros, a
ameaça de crise energética e a alta nos preços de energia no mercado livre, o
aumento da inadimplência pelas empresas e o enfraquecimento generalizado da
economia são alguns fatores que levaram o setor a rever suas expectativas.
“Além disso, os dias parados durante a Copa foram negativos para a indústria de
transformação, embora parte dos efeitos ainda possa ser revertida ao longo do
segundo semestre”, pondera Ceregato.
A
revisão de expectativas para baixo não surpreende. O Índice de Confiança do
Empresário Gráfico, apurado no segundo trimestre, já indicava o pessimismo do
empresário do setor ao registrar 48,3 pontos, abaixo da linha de neutralidade
de 50 pontos.
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