A Suzano Papel e Celulose
participou, no dia 13 de novembro, da inauguração da base do Programa Arboretum
de Conservação e Restauração da Diversidade Florestal, em Teixeira de Freitas
(BA). Trata-se de uma iniciativa do Ministério Público da Bahia (MP) por meio
do Núcleo da Mata Atlântica (Numa), com o apoio do Serviço Florestal Brasileiro
e empresas de base florestal que atuam no extremo sul da Bahia, entre elas, a
Suzano.
O Arboretum é resultado de
um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que visou adequar os programas de
fomento da região às determinações legais de áreas de reserva legal e de
preservação permanente. Seu objetivo é atuar nos diversos pontos da cadeia de
restauração florestal, desde a estruturação de núcleos de coleta de sementes,
produção de mudas, monitoramento do plantio e orientação dos produtores na
preservação e recomposição das áreas ambientalmente protegidas de seus imóveis
rurais.
“O Programa Arboretum
viabiliza uma ação organizada e integrada da recuperação e adequação ambiental,
com o fornecimento de sementes, mudas, orientação aos produtores rurais para a
conservação e recomposição das áreas de preservação permanente e reserva
legal”, explicou Fábio Fernandes Corrêa, Promotor de Justiça Regional Ambiental
de Teixeira de Freitas, que viabilizou o Programa com a assinatura do TAC.
“As empresas de celulose
reconhecem a importância e apoiam a adoção de práticas socioambientais adequadas
pelos fomentados. Estamos satisfeitos com o resultado de investimento que o TAC
proporcionou em temas como educação, conscientização ambiental e, agora, a
inauguração do Arboretum, um presente para o sul da Bahia”, disse o Diretor de
Relações Institucionais da Suzano Papel e Celulose, Jorge Cajazeira,
ressaltando que a iniciativa reforça o compromisso da Suzano com a conservação
ambiental.
O TAC contempla ainda a
regularização ambiental de quase mil imóveis rurais, por meio da inscrição no
Cadastro Ambiental Rural (CAR), cujas áreas totais ultrapassam 379 mil
hectares, e o treinamento dos técnicos das empresas de celulose para realizarem
o mapeamento das propriedades, orientando produtores fomentados que aderiram ao
TAC sobre a necessidade de adequação ao novo código florestal. “Tenho certeza
que esta é umas das maiores ações de adequação ambiental de imóveis rurais do
Brasil e, consequentemente, de restauração florestal. Até o momento, mais de
980 imóveis rurais se comprometeram com a adequação ambiental”, disse Corrêa.
Presente na inauguração do
Programa Arboretum, a ministra de Meio Ambiente, Isabela Teixeira, elogiou a
iniciativa do MP e das empresas de celulose, destacando que é preciso dar uma
base real à economia florestal, onde o Ministério Público deve ter um olhar
múltiplo e construir soluções com a sociedade. “Precisamos valorizar aquelas
empresas que fazem a coisa certa e punir as que insistem em descumprir a lei.
Aqui temos um exemplo de experiência indutora de novos comportamentos. Meio ambiente
não pode mais ser de projeto demonstrativo, mas de projetos estruturantes. O
Arboretum é um programa que deve ser repetido e coloca o Brasil em destaque nas
iniciativas de restauração ambiental”, elogiou a ministra.
Com o TAC, as empresas
assumiram o compromisso de custear e manter o programa, com investimentos na
ordem de R$ 30 milhões. A estrutura base do Programa Arboretum fica numa área
de 30 ha cedida pela Uneb em Teixeira de Freitas e conta com salas de apoio
administrativo, laboratório e câmara de armazenamento de sementes, herbário,
carpoteca (sala para guardar frutos), xiloteca (madeiras), duas salas de aula,
auditório, um espaço multiuso, jardim sensititvo e arboreto.
O Arboretum tem abrangência
regional e está sendo gerido administrativa e financeiramente pela Fundação
José Silveira (FJS) e as decisões tomadas, por um Conselho Gestor formado pela
FJS, Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Serviço Florestal Brasileiro (SFB),
Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), Secretaria
Estadual de Meio Ambiente (SEMA), Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola
(EBDA), Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), Instituto Federal
Baiano (IFBaiano) e EMBRAPA Tabuleiros Costeros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário