Conforme dados divulgados
pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional), a produção
física do setor, já descontado o padrão sazonal, cresceu 1,5% no segundo
trimestre em relação aos primeiros três meses de 2016.
“Os sinais alentadores já
haviam surgido no primeiro trimestre, quando nossa atividade recuou apenas 3,8%,
em relação a igual período de 2015, ante queda de 5,7% da indústria de
transformação como um todo”, salienta Levi Ceregato, presidente da entidade.
“O setor dá sinais de
estabilização e ensaia uma recuperação”, observa Ceregato, analisando, também,
o impacto do dólar alto sobre a atividade: “Alguns setores da indústria têm
sido beneficiados pela variação cambial. Em parte pelo aumento das exportações
e certamente pela substituição de importações. Além disso, o ajuste dos
estoques tem permitido dados mais favoráveis de produção”.
Isso também vale para
indústria gráfica, que reverte o déficit em sua balança comercial. O segundo
trimestre registrou superávit de US$ 21,8 milhões. As exportações tiveram um
acréscimo de 6% frente ao primeiro trimestre e 14% em relação ao mesmo período
do ano passado, totalizando US$ 78,3 milhões. O valor das importações registrou
retração de 7% e 15%, respectivamente, encerrando o trimestre com US$ 56,5
milhões.
“Uma recuperação mais
expressiva da produção dependerá da retomada da demanda interna, pois é baixo o
peso do setor externo na indústria como um todo, e nas gráficas,
particularmente”. Além disso, a pressão de custos no setor é significativa,
apesar da queda da cotação do dólar recentemente. “Ainda assim, à luz das surpresas
recentes na produção física, estamos revisando a estimativa de queda este ano
de 10% para 3%. Revisão expressiva e na direção desejada por todos”.
Os sinais mais positivos da
produção física estão em linha com a melhora da confiança do Índice de Confiança
(IC) do Empresário da Indústria Gráfica Brasileira, que atingiu, no segundo
trimestre, a marca de 43,9 pontos, em uma escala de 0 a 100.
O indicador teve aumento de
2,8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Apesar de estar
distante da linha de neutralidade de 50 pontos, registrou a maior alta desde o
primeiro trimestre de 2015, o que indica uma melhora mais rápida da confiança
dos empresários.
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