quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Produção da indústria gráfica nacional cai 0,6% no primeiro semestre de 2012

Segmentos gráficos afetados pela retração foram os de impressos comerciais, jornais e livros; a contratação de serviços gráficos no exterior, por parte de editoras brasileiras, para a impressão de livros está causando o sacrifício de postos de trabalho no parque gráfico nacional

Entre junho de 2011 e junho de 2012, 1.287 vagas foram fechadas (1,2% do total).
O desempenho da Indústria Gráfica nacional no primeiro semestre de 2012 sofreu decréscimo de 0,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme revela balanço elaborado pela consultoria econômica Websetorial para a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF Nacional).

A comparação entre os primeiros semestres de 2012 e 2011, por segmentos gráficos, mostra resultados positivos para alguns tipos de produtos impressos, como o de embalagens, que registrou expansão de 2,3%; e o de embalagens impressas de papel ou papelão de uso geral, com crescimento de 3,2%.

No mesmo período, a retração foi percebida nos segmentos de Impressos Comerciais, com decréscimo de 10%; de Jornais (2,6%); de Embalagens Impressas de Plástico (2,3%); e produtos gráficos Editoriais (0,4%), em especial os livros .
“Por outro lado, no acumulado dos últimos 12 meses, julho/2011 a junho 2012, o resultado foi positivo, com crescimento de 0,78%”, informa Fabio Arruda Mortara, presidente da ABIGRAF Nacional, sobre o estudo, que baseia seus índices nos dados do IBGE. O dirigente salienta que a maior preocupação comercial do setor atualmente é a crescente contratação no exterior da impressão de livros brasileiros, inclusive os didáticos, numerosos deles incluídos nos programas de compras governamentais.

“As gráficas brasileiras, em termos de tecnologia, capacidade de atendimento à demanda e know how, são tão capacitadas quanto as melhores do mundo. No entanto, arcam com custos que as concorrentes internacionais não têm, como PIS/Cofins, encargos sociais elevadíssimos sobre a folha de pagamentos e tributos sobre insumos, como a tinta e outros substratos. Por isso, seria urgente uma desoneração da atividade, como já ocorreu com outros ramos da indústria, para resgatar sua competitividade”, salienta Mortara.

No primeiro quadrimestre de 2011, US$ 41,6 milhões em livros foram importados. No mesmo período deste ano, foram US$ 47,6 milhões. Entre junho de 2011 e junho de 2012, 1.287 vagas foram fechadas (1,2% do total).

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