Por Fábio Sabbag – editor da Revista GRAPHPRINT
Num hotel cinco estrelas de Buenos Aires, capital da Argentina, os hermanos atendem a nata da sociedade mundial.
Num dia ensolarado, a recepção do hotel recebeu a seguinte pergunta de uma hóspede: “Onde posso passear com o cachorro?
Rapidamente, o Experience Manager – entenda-se mordomo – desenhou as rotas caninas da capital portenha. Logo após veio a dúvida: qual cachorra a hóspede tem? Certamente, como um excelente mordomo, conhecia os desejos de sua cliente e seus hábitos prá lá de extravagantes. Forçou sua memória ao máximo e não se lembrou de tê-la visto com um animal.
Também veloz, a hospede respondeu: “A verdade é que não tenho cão aqui. Pode arrumar um? Estou com saudade do meu”.
Impossível, dirá o leitor? Xingamentos à parte – ela é hóspede, viu – e por mais bizarro que o pedido seja, certamente, o mordomo irá realizá-lo. Em poucas horas um belo labrador aguardava a sua “nova dona” no saguão do hotel. Final feliz, cachorro se exercitando e hospede matando a saudade, por osmose, do seu bicho de estimação.
Mimo demais? Não! Os mordomos são treinados para isso, precisam antecipar os fatos. É necessário colher informações dos hóspedes antes de sua chegada ou quando encontram um desafio precisam equacioná-lo.
Você já atua como mordomo em sua gráfica? Sim, temos vários hóspedes do mesmo tipo, alguns até semelhantes outros excêntricos. Talvez o modelo de atendimento do hotel venha a ser o diferencial de uma gráfica. Por que não criarmos mordomos gráficos com a única e exclusiva tarefa de buscar “cachorros” que satisfaçam seus donos?
É uma alternativa que podemos copiar da indústria de turismo. Imaginem, leitores, um mordomo gráfico para atender a conta de uma grande empresa de cosmético ou compreender os devaneios da mente de um publicitário explicando (ao vivo) que tais criações são (ou não) impossíveis de serem postas em pratica por meio da tecnologia de impressão existente.
Teríamos bem menos conflitos de informações e a qualidade dos impressos aumentaria significativamente. Também aumentaríamos a oferta de mão de obra. Especializada, sem exceção.
Acho que não é tão distante essa ideia. Implicitamente já fazemos isso. Via me dizer que nunca atendeu pedidos diferentes? Claro que já.
Num mundo onde a qualidade não é diferencial e sim obrigatoriedade por que não inovar no atendimento?
O mordomo pode ser treinado para criar uma pré-impressão do cliente, tirar dele as reais impressões e, ao término da estadia, conduzi-lo ao acabamento.
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