Uma nova pesquisa da Bowker publicada este mês mostra que o comércio online representou 44% do varejo de livros nos Estados Unidos em 2012, enquanto em 2010 a participação do e-commerce era 25% do mercado. A pesquisa mostrou também que as grandes redes de livrarias perderam espaço: em 2010 sua participação no mercado era de 31,5%, e em 2012 caiu para 18,7%. A queda foi certamente influenciada pela falência da rede Borders em julho de 2011, e as dificuldades enfrentadas por outras redes, em particular a Barnes & Noble, comprovam a situação complicada das livrarias de tijolo.
O market share dos e-books no mercado de livros nos Estados Unidos se estabilizou entre 25 e 30% ao longo do ano passado, e fechou 2012 em torno de 28%, após o boom observado entre novembro de 2010 e janeiro 2012, período em que os e-books passaram de 6% do mercado de livros a cerca de 27%.
No Reino Unido também houve crescimento do e-commerce de livros, porém mais discreto: o aumento foi de 25,4% do varejo em 2010 a 37,7% em 2012. Já as grandes redes livreiras não perderam tanto espaço quanto nos EUA, passando de 30% a 27,6% do mercado no mesmo período.
O consumo de e-books no RU sofreu inclusive uma queda ao longo do ano passado. Os e-books atingiram um pico de market share de cerca de 13% em julho de 2012 e fecharam o ano em 9,3%. O boom dos e-books no RU também foi menos importante que nos EUA. Segundo a pesquisa da Bowker, houve um salto no consumo de e-books entre dezembro 2011 e fevereiro de 2012, quando os e-books passaram de menos de 5% a 10% do mercado britânico. A pesquisa da Bowker pode ser baixada gratuitamente no site.
No Brasil não há pesquisa abrangente sobre o e-commerce de livros, mas um levantamento realizado pelo consultor Gerson Ramos mostra que, dos 18 participantes consultados, apenas 7 consideram que o livro digital representará mais de 30% do mercado.
Fonte: PublishNews - 19/03/2013 – Por Iona Teixeira Stevens
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