A Abigraf
se fez ouvir por meio do Manifesto da Indústria Gráfica à Nação
Subscrito
pela Abigraf Nacional e por representantes de 20 associações e sindicatos
regionais, o documento foi lançado em uma coletiva de imprensa no dia 12 de
julho, logo após a reunião da diretoria executiva da Abigraf Nacional, que o
referendou.
Seu
objetivo é alertar para a grave situação atravessada pelo segmento, que viu seu
desempenho despencar 7,6% em 2012 e teve recuo de 7,2% no primeiro trimestre
deste ano.
Segundo
o presidente da Abigraf Nacional, Fabio Arruda Mortara, as dificuldades são
agravadas pela indiferença do governo federal frente a problemas como defasagem
cambial e concorrência desleal da importação de serviços gráficos, que
transfere empregos e receita de impostos para países como a China, onde se
imprime grande parte dos livros didáticos brasileiros.
O
presidente da Abigraf Regional São Paulo, Levi Ceregato, lembrou que o mercado
está diminuindo devido à concorrência de novas mídias, como e-book e tablets,
mas que as empresas do setor mantêm o otimismo. Tanto que, apesar de maciçamente
composto por microempresas, o parque gráfico do País está atualizado
tecnologicamente.
O
documento lembra que o setor é formado por cerca de 20 mil empresas e emprega
222 mil trabalhadores. O documento fora enviado para autoridades do governo
federal e representantes dos Poderes Legislativo e Judiciário.
Conheça
a íntegra do Manifesto:
- Somos
50 mil empresários, que representam 20 mil empresas e empregam 222 mil
trabalhadores diretos. Vimos manifestar nossa profunda preocupação, como todos
os brasileiros, com a solução dos problemas nacionais e a retomada do
crescimento econômico.
- Estamos
trabalhando com imensa dedicação e muito esforço, dando nossa contribuição ao
desenvolvimento de nosso país. Por isso, também queremos ser ouvidos, pois há
questões graves, que culminam com a perda de competitividade de nossa
indústria, ameaçando a sobrevivência de nossas empresas.
- Por
isso, nos dirigimos ao governo federal para reivindicar em uníssono:
- Desoneração,
já, da folha de pagamentos dos segmentos da indústria gráfica que ainda não
foram contemplados com esta medida, em especial o editorial.
Isenção
do IPI para os materiais escolares.
- Alíquota
zero do PIS/Cofins para as gráficas brasileiras que imprimem livros.
Restabelecimento
imediato dos níveis anteriores do Imposto de Importação dos seis tipos de papel
de imprimir que tiveram suas alíquotas de importação elevadas pela Camex.
- Adoção
imediata da Margem de Preferência em todas as compras de materiais gráficos
pelo setor público, incluindo as obras adquiridas pelo governo no âmbito do
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
- Criação
de mecanismos que proporcionem competitividade às indústrias gráficas de
embalagens e livros, as quais vêm sendo atacadas de maneira predatória por
concorrentes estrangeiros, especialmente da China.
- Fiscalização
eficaz do uso indevido do papel imune.
- Fim
da bitributação do ICMS e ISS.
A
indústria gráfica brasileira exige uma resposta do Poder Público, pois é um
setor intensivo em mão de obra e imprime/fabrica itens essenciais para a sociedade,
como livros, jornais, revistas, cadernos, embalagens de alimentos e remédios!
O
setor, que está há 205 anos no Brasil, não pode resignar-se ao real risco de
extinção, que seria uma perda irreparável para o Brasil e para o sustento digno
das famílias de 222 mil trabalhadores.
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