Grupo
francês dono da Louis Vuitton negocia a compra do Le Parisien e segue o exemplo
de empresários como Warren Buffett e Jeff Bezos, da Amazon
Semanalmente, os jornais, seja no Brasil ou no mundo, são
alvos de comentários pessimistas sobre o futuro relacionados às dificuldades do
meio de alavancar receitas e manter equipes que produzam com qualidade.
Por
mais paradoxal que pareça, apesar de todos os desafios da plataforma, ela
continua a despertar interesse de grandes marcas, seja por prestígio, poder ou,
de fato, por gerar algum lucro. Tanto é que, o grupo de luxo francês LVMH, dono
de marcas como Louis Vuitton e Sephora, está interessado na compra do diário Le
Parisien, maior jornal da França em tiragem com 229,6 mil exemplares.
Francis
Morel, diretor-geral do braço de mídia do LVHM, disse que a publicação é uma
marca respeitada e contribuirá para o grupo. Em 2007, a empresa comprou o Les
Echos.
Outro caso emblemático é o do Washington Post. Em 2013,
Jeff Bezos, CEO da Amazon, pagou US$ 250 milhões pelo título. Desde então, o
19º homem mais rico do mundo contratou 100 repórteres e aumentou a audiência do
site em 60% para 50 milhões de visitantes únicos ao mês.
No início de maio, em
entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Marty Baron, diretor do jornal, disse
que Bezos levou à publicação, além de capital, ideias e conceitos de inovação.
Em fevereiro, o Washington Post foi eleito a empresa de mídia mais inovadora
pela revista Fast Company. “Apesar de ser um investimento pessoal do Bezos, a
proximidade com a Amazon nos trouxe muitas oportunidades”, disse Baron na
entrevista.
Bezos não está sozinho. O megainvestidor Warren Buffett,
parceiro do bilionário brasileiro Jorge Paulo Lehman em empresas como Heinz e
Burger King, investiu US$ 143 milhões na compra de 63 jornais americanos.
Títulos como o Richmond Times-Dispatch, The Culpeper Star-Exponent.
Segundo
Buffett, os jornais locais são mais rentáveis, enquanto os nacionais e
regionais enfrentam queda de tiragem e publicidade, os pequenos estão
conseguindo sobreviver, o que explica isso é a exclusividade.
Enquanto isso, no Brasil...
Dados do Instituto Verificador de Comunicação (IVC),
mostram que os cinco maiores jornais em circulam no Brasil tiveram crescimento
no primeiro quadrimestre de 2015 na comparação com o mesmo período do ano
anterior. De acordo com o IVC, a Folha, líder entre os jornais do País, teve
uma circulação média de 361.231 exemplares nos quatro primeiros meses do ano, o
que configura uma alta de 6,4% na comparação com 2014.
A circulação média de O Globo – o segundo colocado no
ranking do IVC - registrou alta de 3,7%, alcançando o montante médio de 320.374
exemplares. Houve aumento também na circulação do Super Notícia, que atingiu
média de 314.766 (um acréscimo de 1,7%) e no Estadão, que alcançou circulação
média de 250.045 exemplares (alta de 5,5%). Entre os cinco primeiros do
ranking, o maior crescimento foi do Zero Hora, que fechou o quadrimestre com
circulação média de 201.178 (13% mais do que o registrado no mesmo período de
2014). O digital tem uma forte participação nesses dados. Em abril deste ano,
44,6% da circulação total da Folha já era composta por edições digitais. No
Globo, a fatia do digital já corresponde a 37%.
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