Convidado para falar sobre os bastidores da drupa, Dieter Brandt, presidente da Heidelberg América do Sul, como de costume, não titubeou ao responder as questões.
Em primeira mão para o blog da GRAPH, Brandt revela que a expectativa da fabricante é receber quase 5 mil brasileiros em solo alemão e que a empresa lançará 60 produtos durante a feira. "Apresentaremos o melhor portfólio que já tivemos na Heidelberg em exposições deste porte", adianta Brandt.
Acompanhe a seguir a entrevista exclusiva concedida ao blog da GRAPH.
Revista GRAPHPRINT:
Por ser um líder, que lida diretamente com a América do Sul, qual é a opinião do senhor em relação a participação destes países no evento?
Brandt:
Nas últimas edições da drupa recebemos um número crescente de gráficos latino-americanos em Düsseldorf.
Este ano não será diferente, Devemos contar com mais clientes do que em 2008, quando foram registrados cerca de 4.000 visitantes brasileiros.
Este ano eu, pessoalmente, espero pelo menos o mesmo número de brasileiros, com boas chances de chegarmos próximo a 5.000.
A economia brasileira e a taxa de câmbio certamente provocam maior interesse dos profissionais do setor em presenciar este evento de grande importância para a tomada de decisões estratégicas sobre a implementação de novas tecnologias nas gráficas do Brasil.
Acredito que haverá uma queda na participação de gráficos argentinos devido às incertezas do mercado com as novas leis que incidem sobre a transferências de divisas/dólares e a importação de bens de capital. Isso pode ter um impacto.
Acredito que haverá uma queda na participação de gráficos argentinos devido às incertezas do mercado com as novas leis que incidem sobre a transferências de divisas/dólares e a importação de bens de capital. Isso pode ter um impacto.
De qualquer forma, os grandes players não deixarão de comparecer, já que a presença na drupa é condição essencial para inovar neste setor.
Revista GRAPHPRINT:
Pessoalmente o que acha que vai ser explorado durante a feira? Por quê?
Brandt:
Aprimoramentos tecnológicos que atendam à necessidade de maior industrialização para aumento da produtividade e transparência nos processos, com prazos cada vez menores.
Hoje pela Heidelberg vemos 6 grandes tendências:
- produção cada vez mais eficiente com tecnologia de ponta e processos integrados;
- impressão ecológica;
- novos modelos de negócios baseados em plataformas de web - como por exemplo web-to-print ou online shops;
- flexibilidade para baixas tiragens usando offset e digital de forma integrada;
- aprimoramentos no segmento de embalagens;
- criação de valor agregado com aplicações especiais diferenciadas.
Na drupa mostraremos soluções que respondem a estas tendências e às novas demandas.
Em destaque estarão o lançamento da linha SX, que incorpora características da categoria XL e oferece velocidade e tempos de acerto curto, desperdício mínimo de papel; e o novo portfolio digital Linoprint, que apresentará os produtos Heidelberg Linoprint C 901, Heidelberg Linoprint C 751 (para a área comercial) e a Linoprint L (para o setor de embalagens).
Outro foco muito grande são as ferramentas Prinect, com muitas novidades inclusive um novo MIS, fluxo de trabalho para a área de embalagens e o módulo Web-to-Print, que mostrará aos gráficos como conquistar novos clientes e aumentar a fidelidade através de gráficas online, com gerenciamento de pedidos e producão através da plataforma web.
Faremos o lançamento de 60 produtos durante a drupa, onde apresentaremos o melhor portfólio que já tivemos na Heidelberg em exposições deste porte.
Revista GRAPHPRINT:
Em sua opinião qual é a tecnologia apresentada na drupa que será assimilada rapidamente no mercado brasileiro?
Brandt:
Existe hoje um aumento na demanda por tiragens curtas e muito curtas, por isso soluções que oferecem fluxos de trabalho integrados entre plataformas offset e digital – proporcionando melhor custo benefício, eficiência e tempo de produção - terão uma grande aceitação.
Novos métodos de produção ecológica também devem ganhar força, portanto produtos, equipamentos e periféricos amigáveis ao meio ambiente, que diminuem o consumo de energia, o desperdício de papel e os resíduos químicos serão muito procurados.
Estas características, porém, por si só não garantem a assimilação pelo mercado.
O primordial é oferecer métodos de produção eficientes e integrados, com altíssimos ganhos em produtividade com funcionários capacitados.
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