segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Preço da energia varia mais que bolsa de valores e dólar comercial

Atuar no Mercado Livre pode ser opção viável para empresas pagarem menos e receberem o suprimento de fontes renováveis

Sabe-se que a volatilidade de investimentos é preocupação recorrente entre os empresários. O que muitos desconhecem, porém, é que a oscilação de ativos, como Bolsa de Valores e o Dólar comercial, pode ser significativamente inferior à variação alcançada pelo preço da energia, no Mercado Livre, podendo ocasionar impacto aumentando os custos das empresas, caso não tenham um acompanhamento especializado.

Nos últimos três anos, o preço da energia convencional (resultado da soma do PLD - Preço de Liquidação das Diferenças e do ágio) oscilou entre desvalorização de 50%, atingindo pico máximo próximo a 230%, enquanto a variação do índice Ibovespa e do Dólar comercial se aproximou do zero. Segundo dados da Safira, comercializadora e gestora de energia elétrica, uma empresa sem planejamento a longo prazo pode ter chegado a pagar pelo serviço, no primeiro semestre de 2012, entre R$ 31,31 e R$ 212,80, enquanto o Dólar comercial variou apenas 11,7% no mesmo período.

O diretor da comercializadora, Mikio Kawai Jr., atribui essa oscilação ao fato de a principal fonte energética no Brasil ser a hidroelétrica, o que deixa o mercado suscetível às intempéries da natureza, como, por exemplo, períodos de chuvas muito escassas ou em excesso. "É necessário buscar novas fontes de energia para não ficarmos tão amarrados às condições climáticas e a variação pluvial, o que pode resultar em economia para as empresas e contribuir com a sustentabilidade do Meio Ambiente," explica.

A migração do Mercado Cativo para o Livre, em que a empresa com grande demanda escolhe o fornecedor do serviço, é uma opção para baratear os custos e diversificar a matriz energética. "Atuando no Mercado Livre, os clientes podem optar por fornecedores de energia proveniente da geração eólica, sucroalcooleira, biomassa, entre outras fontes renováveis," conclui o executivo.

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