A venda de produtos e serviços online tem disparado no Brasil. Segundo o e-bit, o e-commerce está crescendo numa taxa de 20% a 25% ao ano, cinco vezes mais que o varejo tradicional, e o brasileiro pode consumir cerca de R$ 3 trilhões em 2013. O mercado é tão vibrante que o governo sancionou o decreto 7.962/13 que traz uma série de regras a serem cumpridas pelas empresas que investem na venda online de produtos e serviços.
As empresas devem estar atentas a essas regras, que garantirão não apenas sua operação, mas até a manutenção do cliente. Diferentemente das lojas físicas, o concorrente está a apenas um clique de distância e por essa razão, a tecnologia é vital quando falamos das operações em e-commerce.
Devemos também lembrar que as operações de e-commerce no Brasil normalmente são fundadas e lideradas por profissionais com background comercial e/ou marketing. É raro ter algum responsável por tecnologia com experiência em e-commerce diretamente envolvido desde a concepção do projeto. Desta forma, constantemente a estratégia de tecnologia é decidida sem análise mais aprofundada dos reais impactos positivos e negativos do modelo, impactando o “time-to-market” do projeto e, principalmente, a qualidade da operação e a escalabilidade do negócio no futuro próximo.
Por outro lado, o mercado amarga uma alta escassez de profissionais capacitados, e a situação fica mais crítica quando falamos de profissionais de tecnologia com experiência em e-commerce. O mercado exige que esse profissional seja multidisciplinar, que esteja familiarizado com diversos tipos de sistemas existentes neste ambiente (Website, BackOffice, ERP etc.) e, principalmente, com os processos de venda. As empresas começaram a valorizar os profissionais com conhecimento de negócio em detrimento dos profissionais com conhecimento técnico. A capacidade de gestão passou a ser indispensável para atuação em um departamento de TI.
Esse modelo acabou se perpetuando nos grandes varejistas sobre a visão de que o core-business de um e-commerce são as áreas comercial e de marketing sendo que todo o resto pode ser terceirizado. Como a tecnologia sempre foi tratada pelos gestores como de alto custo, foi a primeira área dos e-commerces a passar por terceirização.
Assim como os sistemas de gestão - que a maioria das empresas já contratava de grandes fornecedores como SAP, Oracle e etc. -, os sistemas mais comuns do ambiente de e-commerce também passaram a ser oferecidos no formato de licenciamento de software por empresas que possuíam conhecimento do mercado. Esse movimento começou com os softwares de retaguarda da operação, passou por gateways de pagamento, analisadores de fraude, email marketing e culminou na loja de e-commerce propriamente dita. Tudo virou serviço.
Hoje, a contratação desses serviços é a principal escolha de um e-commerce. Todos que são oferecidos reduziram o “time-to-market” e o “up-front costs” de uma operação de e-commerce e possibilitou o aparecimento de startups no mercado nacional nos últimos anos.
Existem empresas prestando serviços, principalmente no mercado de plataformas de e-commerce, cada uma com suas próprias características, missão e visão. Seus produtos divergem em termos de abrangência de funcionalidade, usabilidade, desempenho, escalabilidade e, principalmente, qualidade do suporte e atendimento a sua operação. No mercado, há produtos para empresas de todos os tipos e tamanhos, basta escolher. Assim como em todos os modelos de operação de TI aplicados pelos principais varejistas virtuais, se a escolha será correta ou não, só o tempo irá dizer.
* CEO da Kanlo plataforma de e-commerce da Ideais Tecnologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário