Levi Ceregato, presidente da
Abigraf Nacional (Associação Brasileira da Indústria Gráfica), afirma que,
apesar dos altos juros e impostos, desajuste fiscal e outras causas da crise, é
hora de reagir à estagnação, além de continuar reivindicando políticas eficazes
para a retomada do crescimento.
O presidente da Abigraf
lembra que a decisão do Copom, na reunião desta quarta-feira, dia 29 de abril,
de posicionar a Selic em 13,25% ao ano, mantém os juros reais brasileiros em
torno de cinco por cento e em primeiro lugar no ranking mundial, bem acima do
segundo e terceiros colocados, a China e a Índia, competidores diretos do
Brasil no comércio exterior, cujas taxas giram em torno de três por cento.
“Infelizmente, esses mecanismos meramente monetários já não produzem efeitos no
sentido de conter a inflação e são nocivos à meta de retomada do crescimento”.
Para Ceregato, contudo, independentemente dos juros e dos demais obstáculos e causas da crise econômica brasileira, é preciso trabalhar muito e lutar contra o agravamento da situação econômica. “Somos um país com 200 milhões de habitantes e, portanto, com um dos maiores mercados consumidores do mundo. Temos de alimentar, vestir, gerar empregos e manter com dignidade todo esse imenso contingente populacional. Ao fazer isso, estaremos movimentando a economia. Assim, não basta lamentar os juros altos e demais problemas. É hora da superação, da criatividade, das promoções, campanhas inteligentes e do respeito à lei da oferta e da procura como reguladora dos preços e de muito trabalho. Também é necessário continuar reivindicando políticas públicas que estimulem os setores produtivos e repudiando a corrupção”.
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