Impressão de livros no exterior é um dos itens que mais
contribuíram para o saldo negativo. Maior parte da importação vem da China
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior (MDIC), a balança comercial de produtos gráficos fechou o
primeiro trimestre de 2015 com déficit de US$ 49,6 milhões. Segundo a
Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional), embora
negativos, os números apontam tendência favorável à retomada do mercado, pois
os movimentos de reconquista não aconteciam desde 2010.
O saldo negativo resulta de exportações de US$ 63,3
milhões, referentes a 22,3 mil toneladas de materiais impressos, e importações
de US$ 111,8 milhões, relativas a 18,2 mil toneladas. Comparado ao mesmo
período de 2014, o déficit comercial caiu 9%, as importações, 5,1%, e as
exportações, apenas 1,6%. “A subida do dólar impactou positivamente o resultado
da Balança Comercial da indústria gráfica no período. O real depreciado é bom
para os exportadores brasileiros, porque ‘barateia’ nosso produto no mercado
externo. Mas não podemos nos ater somente às flutuações cambiais, porque estas
estão atreladas a outros fatores, muitos deles imponderáveis. O que o nosso
setor tem buscado consistentemente é o ganho de competitividade”, explica Levi
Ceregato.
Os principais mercados compradores dos produtos gráficos
brasileiros foram Estados Unidos (14,9%), Venezuela (11%) e Uruguai (9,3%). Os
maiores fornecedores são a China (25,1%), Estados Unidos (19,4%) e Suíça
(10,7%).
O que vendemos
Dentre os principais produtos gráficos exportados,
concentram-se embalagens, com 43,5% das vendas; cartões impressos, com 27,7%; e
impressos promocionais, representando 9,9% do total. Em relação ao mesmo
período do ano passado, as variações foram de 3,5%, -5,4% e 2,6%,
respectivamente.
O segmento de embalagens exportou US$ 27,1 milhões (18,1
mil toneladas) e o de cartões impressos, US$ 17,2 milhões (126 toneladas).
Países do Mercosul foram os principais compradores de ambos os segmentos,
dentre os quais destacam-se Venezuela (20,6%), Uruguai (17,4%) e Bolívia
(10,2%), seguidos dos Estados Unidos (9,4%) e México (8,7%). Com vendas externas
correspondentes a US$ 6,2 milhões (360 toneladas), impressos promocionais
tiveram México (18,2%), Chile (17,9%) e Peru (17,1%) como principais
compradores.
O que compramos
Produtos editoriais (como livros, revistas e periódicos),
cartões impressos e embalagens lideraram as importações de itens gráficos,
respondendo, respectivamente, por 40%, 24,3% e 16,8% do total importado.
Comparado ao primeiro trimestre de 2014, houve aumento nas importações dos
itens editoriais (12,3%) e de cartões impressos (13,3%), mas decréscimo na
compra de embalagens de outros países (-27,6%).
A compra de produtos gráficos editoriais no exterior
somou US$ 44,1 milhões (7 mil toneladas) e teve como principais fornecedores
China (25,1%), Estados Unidos (18,4%) e Hong Kong (14,9%). O segmento de
cartões impressos representou US$ 27,1 milhões (169 toneladas), vindos de Suíça
(37,9%), Estados Unidos (22,9%) e França (16,7%).
Embalagens foram o terceiro
produto do ranking de importações gráficas, com US$ 18,7 milhões (7,9 mil toneladas).
China (47,2%), Estados Unidos (11,1%) e Espanha (9,2%) foram os fornecedores
predominantes.
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