quarta-feira, 7 de maio de 2014

Associação Brasileira de Embalagem apresenta balanço do setor



Evento em São Paulo traz desempenho da indústria de embalagem em 2013 e perspectivas para 2014. Os dados foram coletados entre os dias 2 e 31 de janeiro de 2014

A Associação Brasileira de Embalagem (Abre) apresentou recentemente o estudo “A indústria de embalagem em 2013 e perspectivas para 2014”. Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), fez a apresentação do balanço setorial da indústria de embalagem. Ao todo foram 113 empresas pesquisadas, o que representou R$ 18,7 bilhões de vendas e 55 mil empregados.

O estudo, encomendado pela associação e coordenado pela FGV revelou que a receita obtida pela indústria em 2013 foi de R$ 51,8 bilhões, superando os R$ 46,7 bilhões gerados em 2012. Entre os dados revelados no estudo está também o índice de crescimento da produção física de embalagem, que foi moderado, 1,41% em relação ao mesmo período de 2012.

Das cinco classes de materiais acompanhadas mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), duas apresentaram aumento de produção em 2013: vidro, de 9,31%, e metálicas, de 7,57%. As outras três apresentaram taxas negativas: papel, papelão e cartão, -1,03%; plástico, -2,03%, e madeira, -17,06%.

Na opinião de Maurício Groke, presidente da Abre, os números confirmam as previsões feitas em meados do ano passado e sinalizam um crescimento moderado para 2014. “O setor continua crescendo, mas em um ritmo menos acelerado que nos últimos anos. Apesar do desemprego ter registrado um baixo patamar, de 5,4%, o consumo das famílias desacelerou, crescendo 2,5%, ante 3,1%, em 2012. A indústria de embalagem funciona como um termômetro da economia e devemos ficar atentos aos sinais que ela apresenta”, sugere Groke.

O nível de emprego na indústria atingiu 227.355 postos de trabalho em dezembro. A indústria do papel apresentou o maior crescimento em 2013: 2,04%.

Para este ano, o cenário mais provável para o setor de embalagem é de crescimento de 1,5% da produção física. A pesquisa aborda ainda os números das importações e exportações, índices de confiança, entre outros aspectos do setor.

A Abre foi fundada em 1967 e tem como compromisso fomentar o desenvolvimento do mercado de embalagens e as atividades de seus associados nos âmbitos nacional e internacional.


Em 2013

A produção física de embalagem cresceu 1,41%, em relação a 2012.

Das cinco classes acompanhadas mensalmente pelo IBGE, duas apresentaram aumento de produção nesse período: vidro, de 9,31%, e metálicas, de 7,57%.

As outras três apresentaram taxas negativas: papel, papelão e cartão, -1,03%; plástico, -2,03%, e madeira, -17,06%.

O nível de emprego na indústria de embalagem atingiu, em dezembro de 2013, 227.355 postos de trabalho.

Os fabricantes nacionais de embalagem obtiveram receitas de R$ 51,8 bilhões, superando os R$ 46,7 bilhões, gerados em 2012.

A balança comercial do setor foi deficitária, com exportações de US$ 492 milhões e importações de US$ 914 milhões. As exportações caíram 1%, enquanto as importações cresceram 7%, na comparação com 2012.

Em 2014

Enquanto o nível de confiança do empresário brasileiro parece ter chegado ao fundo do poço no fim de 2013, o consumidor encontra-se ainda distante dessa estabilização.

Essa combinação não favorece o investimento, que também é inibido pelos juros.

A percepção externa do Brasil, que já vinha se deteriorando, piorou neste início de ano.

O Brasil passou a ser considerado, inclusive pelo banco central americano, como um dos países emergentes de maior fragilidade.

Cresce pouco, a inflação é maior do que a média e apresenta desequilíbrios fiscais e do setor externo.

Neste ambiente, o PIB deve crescer ainda menos do que em 2013, algo entre 1,5% e 1,8%.

O consumo das famílias, que corresponde a 60% do PIB, deve registrar nova desaceleração, crescendo 2,1%.

Para o setor de embalagem, o cenário mais provável é de crescimento de 1,5% da produção física.

O setor não é especialmente sensível aos juros e conta com a continuidade de expansão da massa salarial, mesmo que em ritmo mais lento que o de 2013.

Além disso, o câmbio mais desvalorizado poderá conter em parte a importação de bens de consumo, abrindo espaço para a substituição pela produção doméstica.


Não obstante, dadas as condições iniciais de 2014 e as incertezas associadas ao cenário externo, considera-se como hipótese alternativa o crescimento de 0,7%.

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