Evento
em São Paulo traz desempenho da indústria de embalagem em 2013 e perspectivas
para 2014. Os dados foram coletados entre os dias 2 e 31 de janeiro de 2014
A Associação Brasileira de Embalagem (Abre) apresentou
recentemente o estudo “A indústria de embalagem em 2013 e perspectivas para
2014”. Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da Fundação Getúlio
Vargas (FGV), fez a apresentação do balanço setorial da indústria de embalagem.
Ao todo foram 113 empresas pesquisadas, o que representou R$ 18,7 bilhões de
vendas e 55 mil empregados.
O estudo, encomendado pela associação e coordenado pela
FGV revelou que a receita obtida pela indústria em 2013 foi de R$ 51,8 bilhões,
superando os R$ 46,7 bilhões gerados em 2012. Entre os dados revelados no
estudo está também o índice de crescimento da produção física de embalagem, que
foi moderado, 1,41% em relação ao mesmo período de 2012.
Das cinco classes de materiais acompanhadas mensalmente
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), duas apresentaram
aumento de produção em 2013: vidro, de 9,31%, e metálicas, de 7,57%. As outras
três apresentaram taxas negativas: papel, papelão e cartão, -1,03%; plástico,
-2,03%, e madeira, -17,06%.
Na opinião de Maurício Groke, presidente da Abre, os
números confirmam as previsões feitas em meados do ano passado e sinalizam um
crescimento moderado para 2014. “O setor continua crescendo, mas em um ritmo
menos acelerado que nos últimos anos. Apesar do desemprego ter registrado um
baixo patamar, de 5,4%, o consumo das famílias desacelerou, crescendo 2,5%,
ante 3,1%, em 2012. A indústria de embalagem funciona como um termômetro da
economia e devemos ficar atentos aos sinais que ela apresenta”, sugere Groke.
O nível de emprego na indústria atingiu 227.355 postos de
trabalho em dezembro. A indústria do papel apresentou o maior crescimento em
2013: 2,04%.
Para este ano, o cenário mais provável para o setor de
embalagem é de crescimento de 1,5% da produção física. A pesquisa aborda ainda
os números das importações e exportações, índices de confiança, entre outros
aspectos do setor.
A Abre foi fundada em 1967 e tem como compromisso
fomentar o desenvolvimento do mercado de embalagens e as atividades de seus
associados nos âmbitos nacional e internacional.
Em
2013
A produção física de embalagem cresceu 1,41%, em relação
a 2012.
Das cinco classes acompanhadas mensalmente pelo IBGE,
duas apresentaram aumento de produção nesse período: vidro, de 9,31%, e metálicas,
de 7,57%.
As outras três apresentaram taxas negativas: papel,
papelão e cartão, -1,03%; plástico, -2,03%, e madeira, -17,06%.
O nível de emprego na indústria de embalagem atingiu, em
dezembro de 2013, 227.355 postos de trabalho.
Os fabricantes nacionais de embalagem obtiveram receitas
de R$ 51,8 bilhões, superando os R$ 46,7 bilhões, gerados em 2012.
A balança comercial do setor foi deficitária, com
exportações de US$ 492 milhões e importações de US$ 914 milhões. As exportações
caíram 1%, enquanto as importações cresceram 7%, na comparação com 2012.
Em
2014
Enquanto o nível de confiança do empresário brasileiro
parece ter chegado ao fundo do poço no fim de 2013, o consumidor encontra-se
ainda distante dessa estabilização.
Essa combinação não favorece o investimento, que também é
inibido pelos juros.
A percepção externa do Brasil, que já vinha se
deteriorando, piorou neste início de ano.
O Brasil passou a ser considerado, inclusive pelo banco
central americano, como um dos países emergentes de maior fragilidade.
Cresce pouco, a inflação é maior do que a média e
apresenta desequilíbrios fiscais e do setor externo.
Neste ambiente, o PIB deve crescer ainda menos do que em
2013, algo entre 1,5% e 1,8%.
O consumo das famílias, que corresponde a 60% do PIB,
deve registrar nova desaceleração, crescendo 2,1%.
Para o setor de embalagem, o cenário mais provável é de
crescimento de 1,5% da produção física.
O setor não é especialmente sensível aos juros e conta
com a continuidade de expansão da massa salarial, mesmo que em ritmo mais lento
que o de 2013.
Além disso, o câmbio mais desvalorizado poderá conter em
parte a importação de bens de consumo, abrindo espaço para a substituição pela
produção doméstica.
Não obstante, dadas as condições iniciais de 2014 e as
incertezas associadas ao cenário externo, considera-se como hipótese
alternativa o crescimento de 0,7%.
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