quarta-feira, 7 de maio de 2014

Livros voltam a ganhar espaço no lazer do brasileiro


De acordo com pesquisa da Fecomércio (RJ) sobre os hábitos culturais do brasileiro, a leitura de livros surge como a atividade cultural mais praticada no país em 2013

Segundo o estudo, a leitura conquistou um percentual de 35% dentre os entrevistados, ficando à frente de outras atividades, como cinema (28%), apresentações musicais (22%), peças de teatro (11%), exposições de arte (8%) e espetáculos de dança (7%). Desde o início do levantamento realizado pela Fecomércio, em 2007, a leitura de livros tem se destacado como atividade cultural mais citada entre o público.

De acordo com o economista Christian Travassos, desde o início do levantamento a leitura de livros tem se destacado como atividade cultural mais citada entre os entrevistados, mas sob oscilações ao longo do período. Com crescimento econômico acima da média recente, o ano de 2010 havia registrado os melhores resultados em termos de adesão à cultura, não mantidos em 2011 e 2012. No ano passado, porém, houve uma retomada, em graus distintos, da maioria das atividades. Sucessos editoriais que se popularizaram no país no último ano, promoções culturais e parcerias entre empresas no segmento cultural contribuíram nesse processo.

Mesmo com o crescimento recente, mais da metade dos brasileiros que não leram nenhum livro no ano passado (59%) disse não ter o hábito da leitura. Em seguida, 32% afirmaram que não gostam de ler ou que preferem outras atividades culturais. Com menor relevância, 7% informaram que não podem pagar ou acham caro os preços dos livros.

Em 2013, entre os que não leram livros (65%), 55% disseram não possuir o hábito da leitura. Em seguida, 31% afirmaram que não gostam de ler ou preferem outras atividades culturais. Com menor relevância, 11% informaram que não podem pagar ou acham caro os preços dos livros.

A principal razão apresentada pelos brasileiros para não frequentarem atividades culturais continua sendo “falta de hábito” e o fato de não gostar (ou preferir outras atividades). O preço não é o principal motivo. O custo da atividade aparece apenas na terceira posição entre os motivos que distanciam o brasileiro de atividades culturais. Para os 49% que não usufruíram de nenhum programa cultural no ano passado, os principais meios de lazer citados foram assistir TV (52%), seguido por ir a centro religioso (15%), fazer um almoço com amigos (8%), ir a barzinhos e jogar futebol (ambos com 6%).

A pesquisa abordou também o quanto os entrevistados estão dispostos a desembolsar por algum produto ou serviço. O valor médio respondido foi de cerca de R$ 26 para ir a show de música ou comprar um livro. Já para adquirir um CD ou DVD, os consumidores não estariam dispostos a pagar mais do que R$11 e R$12, respectivamente. Para o levantamento da Fecomércio RJ/ Ipsos Hábitos Culturais do Brasileiro foram entrevistadas mil pessoas em 70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas. A pesquisa tem como objetivo acompanhar o acesso do brasileiro às atividades culturais mais populares e gerar subsídios para incrementar essa adesão.

O mapa-múndi do mercado editorial



A Associação Internacional de Editores (International Publishers Association – IPA) publicou seu relatório anual sobre o mercado editorial mundial

No mapa-múndi distorcido, o tamanho de cada país corresponde ao seu mercado doméstico de livros. Os Estados Unidos e a Europa ostentam sua forte indústria editorial, enquanto a África e o Oriente Médio aparecem bem mirrados no mapa, o que significa que o número de livros publicados nessas regiões é bastante baixo comparado ao resto do mundo.

Segundo os responsáveis pelo relatório, “o mapa demonstra como os livros e a indústria editorial refletem o acesso ao conhecimento. O objetivo estratégico é ‘ajustar’ o mapa, para que no futuro o mapa-múndi editorial seja mais parecido com o mapa de geógrafos e demógrafos.”

De acordo com o relatório, os três países que mais publicam são Noruega (9.277 novos títulos ou reedições por milhão de habitantes a cada ano), Reino Unido (2.459) e Espanha (1.692).
O Brasil, com 285 publicações, só não está na lanterninha dos dados divulgados porque logo atrás vem a China, com 245 – mas nós somos 190 milhões; já os chineses são mais de um bilhão e trezentos milhões (e os noruegueses não chegam a 5 milhões).

Fonte: Blog Controvérsia (http://blog.controversia.com.br)


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