De acordo com pesquisa da Fecomércio
(RJ) sobre os hábitos culturais do brasileiro, a leitura de livros surge como a
atividade cultural mais praticada no país em 2013
Segundo
o estudo, a leitura conquistou um percentual de 35% dentre os entrevistados,
ficando à frente de outras atividades, como cinema (28%), apresentações
musicais (22%), peças de teatro (11%), exposições de arte (8%) e espetáculos de
dança (7%). Desde o início do levantamento realizado pela Fecomércio, em 2007,
a leitura de livros tem se destacado como atividade cultural mais citada entre
o público.
De
acordo com o economista Christian Travassos, desde o início do levantamento a
leitura de livros tem se destacado como atividade cultural mais citada entre os
entrevistados, mas sob oscilações ao longo do período. Com crescimento
econômico acima da média recente, o ano de 2010 havia registrado os melhores
resultados em termos de adesão à cultura, não mantidos em 2011 e 2012. No ano
passado, porém, houve uma retomada, em graus distintos, da maioria das
atividades. Sucessos editoriais que se popularizaram no país no último ano,
promoções culturais e parcerias entre empresas no segmento cultural
contribuíram nesse processo.
Mesmo
com o crescimento recente, mais da metade dos brasileiros que não leram nenhum
livro no ano passado (59%) disse não ter o hábito da leitura. Em seguida, 32%
afirmaram que não gostam de ler ou que preferem outras atividades culturais.
Com menor relevância, 7% informaram que não podem pagar ou acham caro os preços
dos livros.
Em
2013, entre os que não leram livros (65%), 55% disseram não possuir o hábito da
leitura. Em seguida, 31% afirmaram que não gostam de ler ou preferem outras
atividades culturais. Com menor relevância, 11% informaram que não podem pagar
ou acham caro os preços dos livros.
A
principal razão apresentada pelos brasileiros para não frequentarem atividades
culturais continua sendo “falta de hábito” e o fato de não gostar (ou preferir
outras atividades). O preço não é o principal motivo. O custo da atividade
aparece apenas na terceira posição entre os motivos que distanciam o brasileiro
de atividades culturais. Para os 49% que não usufruíram de nenhum programa
cultural no ano passado, os principais meios de lazer citados foram assistir TV
(52%), seguido por ir a centro religioso (15%), fazer um almoço com amigos
(8%), ir a barzinhos e jogar futebol (ambos com 6%).
A
pesquisa abordou também o quanto os entrevistados estão dispostos a desembolsar
por algum produto ou serviço. O valor médio respondido foi de cerca de R$ 26
para ir a show de música ou comprar um livro. Já para adquirir um CD ou DVD, os
consumidores não estariam dispostos a pagar mais do que R$11 e R$12,
respectivamente. Para o levantamento da Fecomércio RJ/ Ipsos Hábitos Culturais
do Brasileiro foram entrevistadas mil pessoas em 70 cidades, incluindo nove
regiões metropolitanas. A pesquisa tem como objetivo acompanhar o acesso do
brasileiro às atividades culturais mais populares e gerar subsídios para
incrementar essa adesão.
O mapa-múndi do mercado editorial
A Associação Internacional de Editores
(International Publishers Association – IPA) publicou seu relatório anual sobre
o mercado editorial mundial
No
mapa-múndi distorcido, o tamanho de cada país corresponde ao seu mercado
doméstico de livros. Os Estados Unidos e a Europa ostentam sua forte indústria
editorial, enquanto a África e o Oriente Médio aparecem bem mirrados no mapa, o
que significa que o número de livros publicados nessas regiões é bastante baixo
comparado ao resto do mundo.
Segundo
os responsáveis pelo relatório, “o mapa demonstra como os livros e a indústria
editorial refletem o acesso ao conhecimento. O objetivo estratégico é ‘ajustar’
o mapa, para que no futuro o mapa-múndi editorial seja mais parecido com o mapa
de geógrafos e demógrafos.”
De
acordo com o relatório, os três países que mais publicam são Noruega (9.277
novos títulos ou reedições por milhão de habitantes a cada ano), Reino Unido
(2.459) e Espanha (1.692).
O
Brasil, com 285 publicações, só não está na lanterninha dos dados divulgados
porque logo atrás vem a China, com 245 – mas nós somos 190 milhões; já os
chineses são mais de um bilhão e trezentos milhões (e os noruegueses não chegam
a 5 milhões).
Fonte: Blog Controvérsia
(http://blog.controversia.com.br)
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