terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Balança comercial de produtos gráficos fechou 2014 com déficit de US$ 204,2 milhões

Em 2014, de acordo com informações do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou US$ 289,61 milhões e importou US$ 493,82 milhões em produtos gráficos, com déficit de US$ 204,2 milhões – 24% menos do que o registrado em 2013, quando o saldo fechou em US$ 269,62 milhões negativos. A melhora relativa da performance deveu-se a um aumento de 3,8% nas exportações e queda de 10% nas importações. Este foi o oitavo resultado negativo do setor.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Gráfica, a atividade é influenciada pela cotação do dólar, e a apreciação do real contribuiu para a piora dos saldos comerciais entre 2005 e 2011. “Existe uma defasagem entre as mudanças no câmbio e os movimentos da balança. Mas esperamos que a atual depreciação cambial traga maior equilíbrio. Outros fatores que influenciaram esse resultado foram a piora na demanda externa e o expressivo encarecimento da produção brasileira, que tem prejudicado a competitividade de toda a indústria nacional”, avalia o presidente da entidade, Levi Ceregato.

A projeção do setor é que, para 2015, o efeito do câmbio não será benigno (gerando uma pressão sobre os custos que não poderá ser plenamente repassada ao preço final), mas promete trazer oportunidades para 2016. Os segmentos mais sensíveis a essas oscilações são embalagens e editorial, com o primeiro fortemente influenciado também pelo desempenho da indústria em geral.  

O segmento de embalagens foi o que mais exportou no período, com 38,5% das vendas externas de itens gráficos, correspondentes a US$ 111,6 milhões e 71 mil toneladas de produtos. Venezuela e Uruguai (20% cada), acompanhados por Paraguai (8%) foram os maiores mercados. O segundo maior exportador foi o segmento de cartões impressos, com 32,9% do total, equivalentes a US$ 95,4 milhões e 819 mil toneladas. México (16%), Chile (14%) e Argentina (11%) constituíram os principais destinos. Com 10% do total exportado, o segmento de cadernos ficou no terceiro lugar do ranking. Suas vendas externas somaram US$ 30,3 milhões e 17,7 mil toneladas de produtos – Estados Unidos concentraram 77% das compras. O segmento promocional registrou aumento de 35% nas vendas externas em comparação com 2013.


Os itens editoriais, como livros e revistas, predominaram na pauta brasileira de importações de itens gráficos, com 36,5% do total, correspondentes a US$ 180,4 milhões e 25,2 mil toneladas de produtos. China (24%), Hong Kong , Reino Unido e Estados Unidos (15% cada) foram os que mais se beneficiaram com as importações brasileiras desses produtos. Embalagens foram o segundo item mais importado, com 21,7% do total. As gráficas brasileiras de embalagens enfrentaram concorrência de China (39%), Espanha (17%), Suíça e Estados Unidos (8% cada). Cartões ocuparam o terceiro lugar, com 20,7% das importações de produtos gráficos, sendo que Estados Unidos (34%), Suíça (27%) e França (11%) ocuparam os postos de principais fornecedores.

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