terça-feira, 9 de abril de 2013

Estadão confirma redução de cadernos

Jornal vai dispensar jornalistas e reduzir número de páginas, resumindo conteúdo em três cadernos
O Estadão confirmou as mudanças em sua estrutura editorial, sem mencionar demissões. É muito difícil, entretanto, que a redução de cadernos e número de páginas não se reflita em cortes na redação. O Sindicato de Jornalistas de São Paulo está alerta sobre os boatos que circulam desde a quinta 4 e contatou a diretoria do grupo para discutir a situação dos funcionários.
Um comunicado oficial apresenta a reestruturação editorial antecipada pelo Meio & Mensagem. Três cadernos principais circulam durante a semana, a partir de 22 de abril: o primeiro, com editorias de política, internacional, cidades (Metrópole) e esportes; permanecendo separados Economia & Negócios e Caderno 2. Esportes ganha suplemento próprio aos domingos e às segundas. Param de circular os cadernos Link, Sabático, C2+Música e Estadinho, cujas pautas serão incorporadas por outros cadernos.
Continuarão circulando os suplementos semanais Viagem (terças), Jornal do Carro (quartas), Paladar (quintas) e Divirta-se (sextas). Aos sábados permanecem os classificados e o jornal, aos domingos, segue próximo ao Estadão atual, com Aliás, Casa, Empregos e Oportunidades.
O jornal anunciou, por outro lado, que vai lançar outro aplicativo para celular e que a marca Link permanece ativa na internet. Novas plataformas móveis para o Jornal do Carro, Classificados e aplicativo para tablet deverão ser anunciados em breve. "As pessoas querem mais eficiência no consumo da informação, sem abrir mão do aprofundamento e da análise”, disse em comunicado Francisco Mesquita Neto, diretor-presidente do Grupo Estado, justificando as mudanças como um alinhamento com o consumo de conteúdo digital, especialmente em dispositivos móveis.
Seguindo ao enxugamento editorial, muitos funcionários da redação também seriam dispensados. Em dezembro de 2011, o Estadão já havia descontinuado os suplementos Feminino, Agrícola e Caderno de TV e dispensado cerca de 40 jornalistas.
As notícias causam ainda mais ansiedade diante do ocorrido com o Jornal da Tarde no ano passado. A redação começou 2012 com cerca de 70 profissionais, mas perdeu 21 postos em julho, quando começaram os boatos sobre a descontinuidade do jornal. Naquele mesmo mês, uma mudança na diretoria trouxe Mesquita Neto para a presidência do grupo, o que amenizou a tensão. Mas informações sobre o fim do JT voltaram a circular com força poucas semanas depois, sempre negadas pela diretoria, apesar de diversos sinais ao contrário. O boato só foi confirmado na véspera do anúncio, em outubro.
Fonte: Igor Ribeiro - www.meioemensagem.com.br

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