Por Maurício Piccinini*
O engenheiro de software se assemelha a um engenheiro civil, já que não há projeto sem planta. Na construção, a planta nos fornece dados exatos sobre quantos andares serão construídos, de que forma, com quais ferramentas e materiais, com qual propósito e para quantas pessoas. No desenvolvimento de software, uma boa planta nos dá clara visão do conjunto, indicando todos os requisitos que serão suportados pelo projeto e, a partir deles, apresentando todas as ferramentas que serão utilizadas devidamente documentadas, com prazos viáveis, alta qualidade e, principalmente, com solução de continuidade.
Nos dias de hoje, nenhuma média ou grande empresa sobrevive sem contar com um bom projeto para atender a todas as suas necessidades, bem como as de seus clientes. Isso impõe um constante desafio às empresas especializadas em serviços de tecnologia da informação e comunicação. Além das frequentes mudanças de planos (algumas de alto risco), também se deparam com inúmeras alternativas tecnológicas disponíveis e que evoluem com uma rapidez sem precedentes. Ainda mais importante do que esse cenário é a expectativa do cliente e das pessoas que deverão usufruir desse projeto de TI. Sendo assim, a maioria prevê disponibilidade total para a resolução de problemas, o que significa a adoção do modelo 24x7x365: ampla cobertura, tanto para proteção como para recuperação de informações em caso de desastres ou sabotagem. Tudo no menor tempo e custo.
É importante ter em mente, independentemente do quanto um projeto de TI possa ter sido bem planejado, que algumas vezes ele é cancelado por razões que fogem ao controle da equipe envolvida na execução. Com exceção de mudanças na gerência ou até mesmo nas prioridades da empresa, a boa notícia é que é possível mapear aquilo que não pode dar errado de jeito algum.
O mínimo que uma empresa globalizada necessita atualmente é ter condições de crescimento, podendo se superar dia a dia no desenvolvimento de seus projetos. Muitas vezes, quando um projeto tem início, ainda não se tem uma visão clara de todos os objetivos e requisitos, principalmente quando não se tem uma planta desde a fundação. Entretanto, na medida em que a execução avança, é preciso ter condições de atender novas demandas dos usuários e profissionais envolvidos na gestão da empresa.
Poucas e grandes empresas de consultoria no segmento de TI disponibilizam, atualmente, a seus clientes e parceiros, uma metodologia de desenvolvimento de sistemas, que percorre todas as etapas do projeto: desde a concepção até a manutenção do ciclo de vida, passando pelas fases de elaboração, desenvolvimento/configurações, validações/documentação, e implementação. Tudo o que engloba essa metodologia é suportado por disciplinas de engenharia de software, como modelagem de negócio, requisitos, análise e projeto, codificação, testes, implantação, ambiente, configuração e mudanças, e, por último, a gerência de projetos. Ou seja, quem quiser contratar um bom projeto de TI deve esperar nada menos do que uma planta detalhada que servirá de base para uma execução complexa, em todos os seus mínimos detalhes, sempre contando com soluções para o inesperado – como acontece na construção civil.
*Maurício Piccinini é gerente de negócios da Unione Consulting – www.unione.com.br
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