Às vésperas do início dos
Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, a Casa da Moeda do Brasil (CMB) torna-se a
primeira empresa de seu segmento, na América Latina, a receber a certificação
FSC (Forest Stewardship Council) para Cadeia de Custódia, o que garante a
rastreabilidade da matéria-prima desde que ela sai das florestas até chegar ao
consumidor final. Ou, neste caso específico, aos atletas.
O FSC firmou um compromisso
com o Comitê Organizador Rio 2016, em 2013, para que a madeira e os produtos de
origem florestal adquiridos pela organização do evento fossem certificados.
Responsável pela fabricação
de todas as medalhas de premiação e participação nos Jogos Rio 2016, a Casa da
Moeda do Brasil (CMB) vai fornecer ainda, além das embalagens e fitas das
medalhas, todos os diplomas e certificados do evento. O selo FSC é uma garantia
de origem do produto, o que significa dizer que a matéria-prima utilizada – o
papel, no caso dos diplomas e certificados, e a madeira usada nas embalagens -
foi obtida de forma ambientalmente correta, socialmente benéfica e
economicamente viável.
“A CMB dá mais uma passo em
direção à sustentabilidade com a certificação FSC, garantindo que diversos
impressos e embalagens sejam de origem florestal legal e responsável”, explica
Marcos Pereira, superintendente do Departamento de Meio Ambiente e Qualidade,
da CMB.
Outros itens também serão
certificados para os Jogos, entre eles, 40 mil camas, 120 mil criados-mudos, 80
mil mesas e até os pódios. “O Rio 2016 assumiu o compromisso de inserir a
sustentabilidade na organização do maior evento esportivo do planeta, e uma das
nossas principais causas é o combate ao desmatamento. Neste processo
trabalhamos com a área de suprimentos na capacitação e monitoramento dos
fornecedores e cadeias de produção”, comenta Tania Braga, Gerente de
Sustentabilidade do Comitê Rio 2016.
Atualmente, o FSC Brasil
conta com mais de mil certificados na modalidade de cadeia de custódia. Esse
tipo de certificação é valido para empreendimentos e comunidades envolvidos no
processamento e na comercialização de produtos que utilizem insumos florestais
madeireiros ou não madeireiros. Serrarias, fabricantes, designers e gráficas
que desejam utilizar o selo FSC em seus produtos precisam obter o certificado,
para garantir o acompanhamento de todo o processo produtivo.
“A iniciativa da Casa da
Moeda abre possibilidade para aumentar o escopo da certificação para outros
produtos sob responsabilidade desta empresa, como os passaportes e selos
postais”, explica Aline Tristão, diretora executiva do FSC Brasil. “Além disso,
hoje existe o interesse de certificar o projeto de reflorestamento voluntário
que a CMB vem realizando em uma reserva biológica, no Rio de Janeiro, habitat
do mico-leão-dourado”, completa.
Para o Imaflora (Instituto
de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), que auditou e recomendou a certificação
da Casa da Moeda do Brasil, essa iniciativa pode, inclusive, servir de exemplo
para outros países. “A certificação da CMB é algo muito inovador. Consumindo
papel certificado FSC, ela estimula toda uma cadeia produtiva e contribui para
que mais florestas sejam certificadas, garantindo o bom manejo e sua
conservação”, avalia Leonardo Sobral, gerente de certificação florestal do
Imaflora.
O objetivo do acordo entre o
FSC e o Comitê sempre foi justamente esse: aproveitar as obras e a visibilidade
de um evento desse porte, dar mais oportunidades de negócios para a madeira
certificada e conscientizar o setor produtivo sobre a importância do uso
inteligente das florestas, ampliando as boas práticas sociais e ambientais,
entre outras coisas, através de mecanismos de compras públicas sustentáveis.
“Até aqui, há avanços concretos em termos de novos conhecimentos e articulações
de parcerias nacionais pela preservação do meio ambiente. E esse já é um legado
dos Jogos Olímpicos Rio 2016™”, afirma Aline, do FSC.
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