quarta-feira, 23 de março de 2016

Com ênfase ao digital de produção industrial, Ampla revigora sua estratégia

Fabricante nacional de impressoras digitais para grandes formatos, empresa paranaense cria Programa Portas Abertas para mostrar sua face remodelada que mira atender - e entender – necessidades inerentes à produção industrial

esq/dir: Adriano Coelho, diretor técnico e terceiro sócio fundador, Ricardo Augusto Lie, sócio-diretor e Sidnei Marques, diretor de operações 

Por Fábio Sabbag que viajou a convite da Ampla 

No dia 22 de março, a Ampla convidou a GRAPHRPINT para conhecer seu jeito de pensar e produzir impressoras com foco direcionado para a produção industrial. A visita aconteceu na fábrica  de Pinhais, em Curitiba (PR).  

Abro dessa forma o texto para amarrar a tentativa de sincronizar as metas atuais da empresa, uma vez que há alguns anos a Ampla defendeu a estratégia de entrar no mercado com equipamentos destinados ao entry level.

Acertando em certos momentos e tendo a humildade para assumir – e assimilar – seus pontos negativos, a empresa paranaense, que conta com uma fábrica moderna e brasileira que bebe na mesma fonte do Lean Manufacturing -, redesenha suas entranhas para buscar mercados onde a velocidade de produção exige equipamentos robustos e com plataformas abertas.

Ao pisar em sua unidade fabril, tive a sensação de entrar numa espécie de laboratório da mais alta patente mundial. Uma linha coerente de produção surge de forma pragmática e sem grandes obstáculos.

Literalmente sua unidade fabril, desenhada nos moldes da automotiva Toyota, busca incessantemente atuar, no máximo, a dois passos de exercer determinada atividade.

O movimento dos colaboradores não está restrito, mas a percepção de quem visita o chão de fabrica é que a teoria do Lean conseguiu casar com a prática do Manufacturing.

Entenda, por favor, meu ponto de vista aqui escrito. Não estou aqui dizendo que as impressoras da Ampla são ou não são as melhores do mundo. Não tenho competência suficiente para julgar. Nem quero. Cabe a mim, na melhor das intenções, replicar o que pude presenciar em Curitiba (PR).

Caso o termômetro da visita possa ser medido pela impressão, com o perdão do trocadilho, escrevo sem medo de errar que a Ampla tem uma identidade (visual e de montagem) pragmática. E limpa.   

Seu sócio-diretor, Ricardo Augusto Lie, em conjunto com a atenciosa equipe que lidera os movimentos da fabricante, sabe que o atual momento da empresa exige atender e compreender novos desafios. De forma rápida e pontual.

Lie aponta que não há descarte de erros e muito menos canto soberbo de vitória. Mostra sim, um comprometimento entusiasmante com o admirável mundo novo da impressão que começa a se enraizar na impressão digital também.

Afinal, o posto de liderança – compartilhada com Adriano Coelho, diretor técnico e terceiro sócio fundador e Sidnei Marques, diretor de operações – determinou ao jovem Lie uma personalidade composta por ágeis respostas e visão de olhos puxados que almeja chegar além do alcance.      

“A ampla completa 12 anos, mas é uma empresa com mais de 35 anos de existência. Sempre estivemos envolvidos com a indústria gráfica, em quase todos os processos. Foi a própria impressão digital que deu origem à empresa. Não foi uma iniciativa isolada que a criou, foi o desenrolar de experiências. Chegar ao ponto para colocar um fábrica em pé não acontece da noite para o dia. Temos forte experiência no setor gráfico e isso nos deixa tranquilo para produzir soluções industriais. Em 2006, apresentamos a primeira impressora digital fabricada no Brasil que foi a linha Targa XT. Em 2004, tínhamos um volume de 80 picolitros hoje são sete picolitros. Note como é rápida a evolução do setor de impressão digital que tem como essência a eletroeletrônica e a  eletromecânica”, disse Lie.  

Nos argumentos de Lie, a Ampla amadureceu muito e passou a entender, com maior riqueza de detalhes, a necessidade do mercado brasileiro. Há agora, explica Lie, uma interface mais amigável de operação, “temos de buscar formas de apresentar produtos que possam ser acessados e operados rapidamente”, analisa.

Eis aqui a defesa da questão: Venda de Valor.

“No começo buscamos ser a primeira máquina do empresário de faixas e placas. Até 2009 foi assim. Trazíamos a melhor tecnologia, na melhor faixa de preço para consequentemente popularizar a impressão digital. Felizmente o mercado evoluiu e os nossos clientes passaram a cobrar novas tecnologias. Entendemos a mensagem. Por isso, a Ampla tinha o dever de subir um degrau na composição de suas máquinas e em 2010 lançamos novidades com a robustez exigente da produção industrial”, explica Lie.

Concluo então que o desafio sempre continua para um player que desenvolve impressoras.

Aliás, permita-me fazer uma correção: o desafio sempre continua para um jogador que 
desenvolve impressoras. Afina a Ampla é fabricante nacional.  


Num presente próximo, convido-o para ler a matéria completa de cobertura do evento na edição de abril da Revista GRAPHPRINT - que evidentemente ainda não fora impressa.  

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