quarta-feira, 9 de março de 2016

Setor de Embalagem registra recuo de 4,31% na produção física no ano de 2015

Números são do Estudo Macroeconômico da Embalagem “Retrospecto de 2015 e
Perspectivas para 2016”, divulgados pela ABRE

         A ABRE - Associação Brasileira de Embalagem, anunciou os resultados do Estudo Macroeconômico da Embalagem ABRE/FGV Retrospecto de 2015 e Perspectivas para 2016”. Com volume bruto de produção fechado em R$ 57,3 bilhões, o setor apresentou recuo de 4,31% na produção física da embalagem no ano de 2015 em relação a 2014. Os números são tradicionalmente apurados pela ABRE há 19 anos, sob a chancela do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV).

Valor Bruto da Produção Por Ano de 2010 a 2015
R$ mil
Ano
Valor Bruto da Produção
% PIB*
2010
42.802.854
1,10
2011
44.997.634
1,03
2012
47.196.931
0,98
2013
51.469.198
0,97
2014**
54.622.542
0,96
2015**
57.254.707
0,97

Na opinião de Salomão Quadros, Economista responsável pelo estudo, os números refletem o cenário de uma recessão prolongada e a retomada é sujeita a avanços e retrocessos. “Nesse contexto, poderemos ver adiadas para 2017 as primeiras taxas positivas de crescimento da produção de embalagem que previmos para o quarto trimestre de 2016”, analisa o Economista.
De acordo com Luciana Pellegrino, diretora Executiva da ABRE, o estudo é um balizador para o mercado de embalagem. O valor bruto da produção tem crescido, mas aqui entra a inflação industrial, entre outros custos, e em alguns casos, o maior valor e tecnologia da embalagem produzida. “Por isso medimos ao mesmo tempo a variação física da produção, ou seja, o que foi realmente produzido. Nosso objetivo é oferecer ao setor um termômetro do segmento e buscar um norte para ações na Indústria”, comenta. “É um momento de retração do consumo, que caiu em 5,8% em 2015, e isso é refletido pela queda da produção. Frente a isso o setor tem buscado eficiência operacional e redução de custos, mas por outro lado tem buscado desenvolver novas funcionalidades e explorar nichos do mercado que tragam um valor maior para o consumidor” comenta Luciana.
Produção Física da Embalagem – Comparativo 2015 x 2014
% em relação a igual período do ano anterior
 

Peso
  2014
 2015
Total
100
-1,7 
-4,3 
Madeira
1,4
  -18,0
  -12,8
Papel, papelão e cartão
40,5
 -1,8
 -5,6
Plástico
35,0
 -2,3
 -3,1
Vidro
8,0
 1,9
  -3,3
Metal
15,1
 -1,0
  -3,7

Emprego
Ainda de acordo com os dados, o setor operou com grau médio de utilização da capacidade 82,5%, gerando 216.024 postos de trabalho em 2015, ou seja, 4,97% menos que no ano anterior, quando operou com 86,3% de sua capacidade. “Os empresários de setor evitaram dispensar funcionários, que foram treinados e capacitados ao longo dos últimos anos. Mas infelizmente este é um reflexo da retração da demanda e da produção, onde o empresário precisa ajustar a sua estrutura fixa ao momento do mercado”, completa.

                                     Emprego – Comparativo 2015 x 2014
Variações %
(Dez/14-Dez/13)
(Dez/15-Dez/14)
Madeira
 -3,46
 -5,81
Papel
 -0,06
-7,14
Cartolina e papel cartão
 -2,04
-5,14
Papelão ondulado
 0,15
-3,85
Plástico
-0,31
 -4,12
Vidro
-0,35
-4,87 
Metálicas
 6,64
 -1,60
Total de Embalagem
-0,41
-4,97

Sobre a ABRE
A ABRE - Associação Brasileira de Embalagem teve sua fundação em 1967 com objetivo de posicionar a embalagem brasileira de maneira competitiva e sustentável para as empresas associadas e para a sociedade. Os pilares da Associação são a valorização da embalagem, a competitividade do setor e a sustentabilidade e sua atuação abrange a construção de referências, disseminação de conteúdo, articulação com o governo, promoção, networking e orientação consultiva.
A Entidade congrega toda a cadeia produtiva – fabricantes de máquinas e equipamentos, fornecedores de matérias-primas e insumos, agências de design, fabricantes de embalagem, indústrias de bens de consumo, redes de varejo, instituições de ensino e entidades setoriais, além de atuar em uma ampla gama de atividades por meio de seus Comitês de Trabalho: Inovação & Design; Meio Ambiente & Sustentabilidade; Alimentos; Cosméticos e Educação.

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