quarta-feira, 24 de julho de 2013

Metodologia exclusiva auxilia empresas familiares a implantarem governança

Dextron desenvolveu a Family & Business Ownership Network, que vem sendo implementada com sucesso em diversas empresas

Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que somente 30% das empresas familiares brasileiras sobrevivem à segunda geração, e apenas cinco em cada 100 chegam à terceira.

Isso reflete o aumento da complexidade da gestão dessas organizações, conforme o número de herdeiros à frente da administração aumenta. Para auxiliar as empresas familiares no desafio de organizar e implementar a governança corporativa, a Dextron Management Consulting, consultoria especializada em projetos de estratégia e organização, desenvolveu uma metodologia exclusiva para empresas familiares, a Family & Business Ownership Network (FBON), que tem ajudado várias companhias familiares e famílias empresárias a estabelecer um plano para se atingir a longevidade, prosperidade e vitalidade, que são os verdadeiros componentes do sucesso da família empresária.

“Em geral, a empresa familiar começa como uma empresa de um só dono. Na segunda geração, passa para uma sociedade de irmãos e, na terceira, para um consórcio de primos. Essas organizações podem ser ainda multifamiliares, o que, por um lado, torna a gestão mais complexa e, por outro, o poder fica mais pulverizado”, explica Aurelio Formoso, consultor da Dextron, ao destacar que a governança é fundamental para definir os papéis e responsabilidades de cada membro da família e assim assegurar a condução dos negócios dentro de padrões profissionais e eficientes.

A metodologia FBON vem se mostrando mais eficaz na implantação da governança nas empresas de controle familiar, pois tem como premissa fundamental dedicar estruturas para lidar com os temas do negócio e das famílias. Com relação a este, estabelece a adoção de práticas-chave, tais como: 1) estabelecimento do Protocolo da Família, que tem a finalidade de regular a forma como a família vai interagir com a empresa, 2) criação de órgãos como os Family Offices, responsáveis por gerir os recursos financeiros da companhia, e 3) a implementação do Conselho de Sócios, cuja missão, por exemplo, é estabelecer regras para a divisão de dividendos.

“O grande desafio da maioria dos dirigentes de empresas de controle familiar é fazer a distinção entre as decisões estratégicas voltadas a garantir a perenidade da companhia e as decisões operacionais do dia a dia. Ao adotar o modelo de governança, o primeiro esforço está em separar os 2 tipos de decisões, depois delegar as decisões operacionais aos gestores do negócio, e os acionistas e os membros do conselho se focarm nas decisões estratégicas, cujos impactos e consequencias serão de médio e longo prazo”, acrescenta Formoso.

A governança corporativa, pelo lado do negócio, necessita de três pilares importantes:

1) a estratégia, que consiste na definição das principais linhas de negócio da empresa;

2) o controle interno, que contempla a política de compliance e a qualidade e confiabilidade das informações gerenciais;

3) a sucessão e a liderança, o que requer líderes capazes de perpetuar a companhia.

“Ter governança é também fundamental para quem busca investidores, pois demonstra o compromisso da empresa com a transparência, uma vez que expõe a sua como a gestão dos recursos e capital dos acionistas é dirigido (compliance), acompanhado (controle interno) e planejado (planejamento)”, conclui Formoso

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